A Portugal Telecom (PT) fechou anteontem a loja do bairro da Mãe dŽÁgua, em Bragança. Em dia de feira, quem se deslocou ao local para efectuar pagamentos foi obrigado a recorrer à loja da PT na Rua Alexandre Herculano, que passa, agora, a ser a única imagem da empresa na cidade.
O encerramento do balcão da Mãe dŽÁgua é o resultado duma política de redução de custos que a nova administração da PT está a levar a cabo. Ao todo está prevista a extinção de 30 lojas e o despedimento de 150 trabalhadores. Todos eles são afectos à área comercial, pois no sector operacional não há registo de cortes.
Na loja da Mãe dŽÁgua prestavam serviço duas funcionárias, que agora foram transferidas para o balcão da R. Alexandre Herculano.
O presidente da comissão de Trabalhadores da PT, Francisco Gonçalves, teme o pior em relação ao futuro dos trabalhadores agora dispensados. \"Bragança ficou com cinco funcionários no atendimento, mas o objectivo da empresa é ficar com três, pelo que, em termos de futuro, ninguém sabe de nada\", revelou o responsável ao DTOM.
Francisco Gonçalves condena a política da nova administração da PT, alegando que a redução de custos está a sobrepor-se à imagem da empresa junto das populações. \"A nova filosofia da gestão da empresa é reduzir custos e a forma mais fácil de o fazer é fechar as lojas que não dão lucro e extinguir postos de trabalho\", lamenta o dirigente.
No que toca ao interior do país, Francisco Gonçalves acusa a PT de \"estar a dificultar o acesso dos clientes às lojas, que são o rosto da empresa\".

Mirandela em risco

O DTOM confrontou o dirigente com a possibilidade da loja de Mirandela seguir pelo mesmo caminho. O presidente da Comissão de Trabalhadores não quis avançar com certezas até reunir com a administração no próximo dia 12, mas não afasta a hipótese. \"Sabemos que são 30 lojas a nível nacional. Já fecharam um balcão na Régua e fala-se muito em Mirandela\", admite o responsável.
Segundo a mesma fonte, os objectivos da empresa, a nível comercial, para Trás-os-Montes e Alto Douro resumem-se a Bragança e Vila Real. \"Sabemos que a administração só quer ficar com uma loja e três funcionários em cada cidade\", assevera Francisco Gonçalves.
Carlos Correia, do Sindicato Nacional das Telecomunicações e do Audiovisual (SINTAVE) acusa a PT de \"falta de sensibilidade para com as populações do interior\". \"São postos de trabalho que se perdem e pessoas dispensadas que têm de ser reconvertidas e transferidas para outras cidades, o que é prejudicial\", sustenta o sindicalista.
O DTOM tentou obter uma reacção do Gabinete de Comunicação e Imagem da PT, mas tal não foi possível em tempo útil.



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