A Santa Casa da Misericórdia e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vão trabalhar em parceria na recuperação de um edifício com capacidade para vários apartamento para acolher refugiados.

O provedor da Misericórdia, Eleutério Alves, explicou esta sexta-feira à Lusa que o politécnico disponibiliza o conhecimento e recursos nas áreas das engenharias para o estudos e projetos de reabilitação de um imóvel no centro da cidade de Bragança.

O imóvel com cinco pisos tem espaço para criar três a quatro apartamentos e é propriedade da Misericórdia que, em vez de pagar por estes estudos técnicos, tem o apoio do IPB.

A ideia surgiu, segundo ainda o provedor, durante a Semana das Engenharias, uma iniciativa da instituição de Ensino Superior transmontana, e alarga as parcerias entre as duas entidades, já que a Santa Casa recebe em estágios profissionais alunos de cursos das áreas da Saúde, Educação e Social.

Depois do trabalho técnico realizado e que começará de imediato, é intenção do provedor avançar com uma candidatura a fundos comunitários para as obras, cujo valor do orçamento só será conhecido depois do projeto concluído.

A Misericórdia de Bragança tem disponíveis duas respostas sociais para acolher os refugiados que vierem a ser encaminhados para Portugal, uma de emergência com capacidade para cinco famílias, e "três a quatro casas em freguesias" que foram reabilitadas para este fim.

Até ao momento, ainda não foi dirigida à Misericórdia de Bragança qualquer solicitação, segundo o provedor Eleutério Alves, que é também membro da CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade).

"Até á data, não houve nenhum pedido, nem para Bragança, nem para outro sítio", afirmou, indicando que esta situação está a motivar "preocupação" junto das instituições que se envolveram nesta problemática.

Eleutério Alves salientou que "há disponibilidade de acolhimento" e que as instituições estão preocupadas "com a situação das crianças e mulheres sozinhas, em situação de vulnerabilidade, nos campos de refugiados".

"É incompreensível, havendo esta disponibilidade, que não sejam recolocados refugiados", afirmou.
Lusa



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