O município de Mogadouro, no distrito de Bragança, viu aprovada uma candidatura no valor de 340 mil euros destinados a intervenções em fortificações e sítios arqueológicos do Castelo dos Mouros e Castelo de Oleiros, anunciou hoje a autarquia.

"A candidatura de 340 mil euros é destinada à reabilitação e intervenções arqueológicas nos sítios fortificados e arqueológicos do Castelo dos Mouros, em Vilarinho dos Galegos e do Castelo de Olheiros, situado entre as freguesias de Urrós e Bemposta, em pleno Douro Internacional", disse à Lusa o vice-presidente da câmara de Mogadouro, Evaristo Neves.

Destes 340 mil euros, financiados a 85% Programa Operacional Norte, 50 mil euros estão destinados à componente interativa para a criação e conceção de painéis e aplicações para telemóveis e tabletes, um trabalho que será desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

"Para além de uma aposta na recuperação das estruturas fortificadas, haverá uma componente interativa que permitirá aos visitantes percorrer estes sítios arqueológicos sem serem necessários guias, devido à forte componente interativa que está ser desenvolvida pelo IPB", indicou o autarca.

Os painéis interativos que relatam a história e evolução de cada um dos sítios arqueológicos serão instalados na União de Freguesias de Vilarinho dos Galegos e Ventozelo e nas freguesias de Urros e Bemposta, no concelho de Mogadouro.

O autarca destaca que o Castelo dos Mouros de Vilarinhos dos Galegos está classificado como Imóvel de Interesse Municipal, estando em curso a sua classificação como Imóvel de Interesse Publico.

Segundo o arqueólogo da Universidade do Minho (UM) António Dinis, a fortificação tinha como objetivo defender uma comunidade rural que existiu junto a Vilarinho dos Galegos, junto o rio Douro, numa área sobranceira ao rio Douro com mais de 2.500 anos.

A ocupação da área do castro e de toda a área envolvente está cronologicamente situada ente a Idade do Ferro e o século XX.

Por seu lado, o Castelo de Oleiros encontra-se numa posição dominante entre o Urrós e Bemposta, em pelo Douro Internacional, numa elevação sobranceira a uma ribeira afluente do rio Douro, próximo à fronteira com a Espanha "e na realidade trata-se de um sítio arqueológico, constituído por um castro pré-histórico fortificado, provavelmente reutilizado à época, da Reconquista cristã da Península Ibérica no século IX ou no século X", indicou Evaristo Neves.

O conjunto do chamado Castelo de Oleiros encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público, por Decreto publicado em 17 de Julho de 1990.



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