O município de Mogadouro, no distrito de Bragança, anunciou hoje um aumento da comparticipação nas despesas de sanidade animal obrigatórias, que passa dos 50 para os 75%, que vai abranger 457 produtores pecuários.

"Este aumento representa mais 25% face ao último montante comparticipado pelo município, que se situava nos 56 mil euros e que se reporta a 2018", explicou à Lusa o presidente da câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães.

Para o autarca eleito pelo PS, este aumento “é importante para a sobrevivência das explorações pecuárias” do território, já que a base da economia do concelho de Mogadouro é a agricultura e pecuária.

"Tentamos desta forma apoiar os agricultores que, teimosamente, apostam na produção pecuária num concelho onde há várias raças autóctones e façam crescer as explorações com incentivos dados pelo município, como é este caso", vincou o responsável autárquico.

A decisão foi aprovada por maioria na última reunião de câmara, que decorreu na terça-feira, tendo contado com o voto contra de um dos três vereadores do PSD. Os outros dois autarcas social-democratas faltaram à reunião.

O vereador Daniel Ribeiro (PSD) justificou a tomada de posição alegando que " é vergonhoso que um município que desperdiça tanto dinheiro em futilidades não tenha capacidade para comparticipar a sanidade animal a 100%, o que seria um mais-valia para a economia local".

Mogadouro é um concelho cuja economia assenta na agropecuária. O setor leiteiro, apesar da diminuição da produção, ainda é relevante para a economia do concelho, estando os produtores a reconverter as suas explorações para a criação de outras espécies de animais.

Além da produção de leite, há no concelho importantes unidades de produção de carne porco, ovinos, caprinos e coelho.



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