O município de Moncorvo apoiou, distribuindo alimentos para animais, 30 produtores de gado da União de Freguesias da Cardanha e Adeganha que foram afetados pelo incêndio que deflagrou em agosto naquele território, indicou hoje o presidente da Câmara.

"Distribuímos 165 de fardos de aveia com grão, com cerca de 300 quilos cada, pelos criadores de gado da União de Freguesia da Cardanha e Adeganha, que sofreram prejuízos avultados após o grande incêndio que lavrou nas quatro aldeias daquela freguesia no início de agosto, sendo esta uma forma de ajudar a recuperação das explorações pecuárias", concretizou à Lusa, Nuno Gonçalves.

Numa primeira fase, a Direção Regional de Agricultura do Norte (DRCN) ajudou a suprimir as primeiras dificuldades de alimento para o gado sentidas pelos produtores de pequenos ruminantes (cabras e ovelhas).

"Há produtores que começaram a sentir dificuldades neste outono devido à falta de alimento para o gado, porque houve uma grande área de terreno que ardeu e [o fogo] destruiu áreas de pasto e campos de produção de outros alimentos, e, por esse motivo, estamos a fazer esta distribuição de fardos de aveia com grão para ajudar a manter as explorações", vincou.

Segundo aquele autarca do distrito de Bragança, houve produtores pecuários que "praticamente" tudo perderam com o passar das chamas.

"As áreas das quatro aldeias que integram esta União de Freguesias ficaram praticamente despojadas de alimentos para os animais e os produtores não tinham para onde se virar, já que os prejuízos do incêndio de agosto foram elevados", indicou o autarca.

O incêndio, que deflagrou em 06 de agosto, consumiu mato, florestas e terrenos na União de Freguesias da Cardanha e Adeganha, e foi considerado pelas autoridades de proteção civil e municipais "como o maior incêndio florestal da época de 2020, no distrito de Bragança".

Este incêndio chegou a cercar as populações e destruiu alguns palheiros, bem como outros imóveis agrícolas nas proximidades de Estevais.

O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo indicava à data do incêndio que havia "elevados prejuízos agrícolas e florestais".

"Para além de uma grande de área ardida de floresta e mato, registaram-se elevados prejuízos no setor apícola e da cortiça, frisava na altura Nuno Gonçalves.

Na mesma altura, o autarca revelava que teria de se fazer um levantamento das necessidades para depois ajudar quem apresentasse mais necessidades.



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