O município de Mondim de Basto lançou o concurso público para a construção de uma plataforma de madeira e melhorar as condições de visita à cascata das Fisgas de Ermelo, foi hoje anunciado.

“Correndo tudo bem, no próximo verão teremos, certamente, a plataforma já disponível para os visitantes”, afirmou hoje à agência Lusa Bruno Ferreira, presidente da Câmara de Mondim de Basto, no distrito de Vila Real.

O autarca realçou a importância da concretização do projeto, lembrando que se tem verificado um “número de visitas bastante considerável” ao atual miradouro natural das Fisgas de Ermelo, umas quedas de água localizadas no rio Olo, que têm 400 metros e são consideradas umas das maiores da Península Ibérica.

Bruno Ferreira salientou que o concurso público para a execução do projeto de melhoria das condições de visitação do miradouro das Fisgas de Ermelo, em pleno Parque Natural do Alvão (PNA), foi lançado esta semana e que o prazo para a apresentação de propostas decorre até 09 de setembro.

A intervenção tem um investimento estimado de cerca de 300 mil euros e inclui, segundo explicou a câmara, em comunicado, a “reabilitação do espaço envolvente, contribuindo para a ordenação do espaço e permitindo a visita de pessoas com mobilidade reduzida” e a “construção de uma plataforma amovível, sem elementos de fixação ao solo, com grades de proteção para assegurar a segurança, sem qualquer tipo de intervenção invasiva que possa prejudicar o património existente”.

“Este projeto pretende dar resposta aos anseios da população e dos milhares de visitantes que todos os anos chegam às Fisgas de Ermelo, procurando dar primazia à valorização patrimonial, através da ordenação do espaço, garantindo a segurança na sua utilização e a acessibilidade inclusiva, bem como a salvaguarda dos valores naturais presentes nesta área do PNA”, reforçou ainda o município.

Bruno Ferreira lembrou que a aprovação do projeto por parte do Instituto de Conservação Natureza e Florestas (ICNF) foi anunciada em 05 de maio, aquando de uma visita do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, ao local.

Até à aprovação anunciada pelo ICNF foram apresentadas várias versões do projeto por parte do município.

“Tivemos que procurar conciliar uma estrutura que irá ficar no local, mas que fosse uma estrutura que não ficasse fixa ao solo para não interferir com as condições geológicas única deste espaço e, ao mesmo tempo, permitir que essa estrutura tenha as condições necessárias para proporcionar, não só, a visitação de pessoas com mobilidade reduzida mas também que o possam fazer em segurança”, explicou Bruno Ferreira.

O projeto, de acordo com o presidente, acabou por ser “um grande desafio em termos de arquitetura”.

“Para encontrarmos uma solução segura e que não fosse invasiva”, sustentou.

O projeto é financiado em 70% pelo programa Valorizar, do Turismo de Portugal, e complementa outro que está em curso e que consiste na reabilitação de uma antiga casa florestal, a 900 metros do miradouro, que vai ser adaptada para centro interpretativo das Fisgas de Ermelo, um espaço de informação sobre a oferta turística e de promoção dos produtos endógenos deste município.



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