Lusa
A Câmara de Mondim de Basto vai construir uma plataforma de madeira para melhorar as condições de visita à cascata das Fisgas de Ermelo, depois da aprovação do projeto anunciada hoje pelo Instituto de Conservação Natureza e Florestas (ICNF).
O anúncio foi feito pelo presidente do ICNF, Nuno Banza, durante uma visita do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, ao concelho de Mondim de Basto, que teve também paragem no miradouro das Fisgas de Ermelo, quedas de água localizadas no rio Olo, que têm 400 metros e são consideradas uma das maiores da Península Ibérica.
“Era uma aprovação que estávamos a aguardar com alguma ansiedade, visto que o projeto vai ao encontro da nossa estratégia de promover a visitação da cascata em segurança, promovendo também a mobilidade e proporcionando que todas as pessoas com mobilidade reduzida possam, de facto, desfrutar da bela paisagem que este miradouro proporciona”, afirmou o presidente da Câmara de Mondim de Basto, Bruno Ferreira.
O ministro, que dedicou a manhã de hoje a conhecer o trabalho desenvolvido pelos agrupamentos de baldios neste território do distrito de Vila Real, realçou outros “projetos importantes” em curso, nomeadamente o apresentado pelo autarca de Mondim de Basto para a “valorização das áreas protegidas e de melhoria das condições de visitação”.
“Que felizmente o ICNF já aprovou e que vai ser uma realidade em breve, aqui, nesta fantástica cascata das Fisgas de Ermelo”, salientou.
Após a aprovação do projeto, que será desenvolvido em área do Parque Natural do Alvão, Bruno Ferreira disse que o município poderá “brevemente avançar com o procedimento para a concretização da obra”.
Trata-se, acrescentou, de uma intervenção que terá um investimento a rondar os 200 mil euros e que consiste na construção de uma plataforma de madeira no local.
“Tivemos que procurar conciliar uma estrutura que irá ficar no local, mas que fosse uma estrutura que não ficasse fixa ao solo para não interferir com as condições geológicas única deste espaço e, ao mesmo tempo, permitir que essa estrutura tenha as condições necessárias para proporcionar não só a visitação de pessoas com mobilidade reduzida, mas também que o possam fazer em segurança”, salientou Bruno Ferreira.
Até à aprovação anunciada hoje pelo ICNF foram apresentadas várias versões por parte do município.
“Foram algumas, afetivamente, tivemos que encontrar aqui um meio-termo para não desconfigurarmos a nossa ideia inicial, mas ao mesmo tempo procurarmos cumprir aquilo que são as regras naturais que o instituto tem. O que é importante é ressalvar que conseguimos chegar a um consenso”, disse o autarca.
Nesta última versão, apontou, foi “reduzido o alcance da plataforma no que diz respeito à parte final que, inicialmente, iria muito próxima do limite do miradouro”.
Este projeto complementa outro que está em curso e que consiste na reabilitação de uma antiga casa florestal, a 900 metros do miradouro, que vai ser adaptada para centro interpretativo das Fisgas de Ermelo, um espaço de informação sobre a oferta turística e de promoção dos produtos endógenos deste município.
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