A Câmara de Mondim de Basto (PS) quer avançar em 2018 com projetos de melhoria dos acessos pedonais na vila e da eficiência energética em todo o concelho, a requalificação da escola e a primeira Bienal do Granito.

Estes projetos estão incluídos no documento de orçamento e grandes opções do plano para 2018, que foi aprovado por maioria em reunião de câmara e que vai ser ratificado na Assembleia Municipal de quinta-feira, onde o PS também é maioritário.

O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Humberto Cerqueira, disse à agência Lusa que o orçamento, de cerca de 11,3 milhões de euros, reflete o percurso de consolidação orçamental que o município iniciou em 2010. O orçamento para 2017 foi de 8,2 milhões de euros.

“Estamos ainda em saneamento financeiro, por isso este orçamento respeita e está em linha com aquilo que são os compromissos assumidos com a consolidação orçamental, é um orçamento que tem uma boa parte da despesa prevista para juros e amortizações”, explicou o socialista.

Segundo o responsável, o município de Mondim de Basto, distrito de Vila Real, gasta anualmente “1,7 milhões de euros em juros e amortizações”. O valor da dívida ronda atualmente os 7,9 milhões de euros e era de 19,7 milhões de euros em 2010.

Humberto Cerqueira disse que a autarquia tem que aproveitar os fundos do Portugal 2020, e, por isso, frisou que Mondim de Basto dá uma “clara prioridade ao investimento comparticipado”, referindo que algumas candidaturas já foram aprovadas e outras estão em fase de apreciação ou submissão.

Entre os projetos previstos para o próximo ano, o presidente socialista Humberto Cerqueira destacou a rede periurbana de passeios, que prevê um investimento de 500 mil euros para melhorar o acesso pedonal na zona urbana da vila.

O autarca quer que o próximo seja também o ano de arranque das obras de requalificação e modernização da escola básica e secundária de Mondim de Basto, um projeto há muito reivindicado e que vai custar cerca de 2,5 milhões de euros, cuja comparticipação nacional de 15% é repartida entre o município e o Ministério da Educação.

O concurso público para esta obra ficou deserto, ou seja, não teve participantes, e, segundo o responsável, em breve será lançado um novo concurso, o que acontece depois de um “ajustamento ao projeto”.

A câmara vai também avançar com um projeto que visa “o aumento da eficiência energética na iluminação pública”, um investimento de 750 mil euros que já está contratualizado no plano de desenvolvimento territorial e prevê a substituição, em todo o concelho, das luminárias tradicionais por luminárias led.

Em 2018, Mondim de Basto vai acolher dois grandes eventos, cujas candidaturas já foram aprovadas, nomeadamente a primeira edição da Bienal do Granito e uma iniciativa ligada ao turismo de natureza, cujos moldes ainda estão a ser preparados.

A bienal, num investimento de 100 mil euros, quer “promover e valorizar o granito amarelo de Mondim de Basto”.

Esta é, segundo o autarca uma importante atividade económica neste município do distrito de Vila Real, quer pelo volume de negócios quer pelas centenas de postos de trabalho criadas.

Contactado pela Lusa, o vereador da oposição eleito pelo CDS-PP, Fernando Gomes, disse que votou contra o orçamento por considerar que “não apresenta medidas estratégicas” para combater os principais problemas do concelho: a baixa de natalidade, o decréscimo da população estudantil, o êxodo dos jovens e da população ativa e o aumento da população idosa.

“É um orçamento de manutenção, de gestão do concelho e não um orçamento estratégico para o desenvolvimento económico. São medidas pontuais e com medidas pontuais não se desenvolve um território”, afirmou o eleito do CDS-PP.

Nas últimas autárquicas, o PS conseguiu quatro mandatos na Câmara Municipal, sendo o quinto eleito do CDS-PP.



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