A Câmara de Montalegre vai aplicar 1,4 milhões de euros na requalificação e reabertura da piscina municipal, que tem estado fechada devido aos “elevados custos de funcionamento”, anunciou hoje a autarquia do distrito de Vila Real.

O presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, disse que a piscina municipal, inaugurada em janeiro de 2005, “vai voltar a estar ao serviço da comunidade depois de vários anos com a porta fechada” por causa dos “custos de manutenção”.

O autarca referiu, citado num comunicado divulgado pelo município, que o projeto visa a “incorporação de novas tecnologias, com maiores ganhos de eficácia energética e de proteção ambiental, menos poluidores”.

A obra representa um investimento de cerca de 1,4 milhões de euros e é financiada pelos fundos comunitários em 600 mil euros, sendo a restante verba da responsabilidade do município.

O quadro comunitário apenas financia a intervenção relacionada com a eficiência energética (revestimento exterior e equipamentos).

“Este quadro tem que estar encerrado em 31 julho 2023 e nessa altura terá de estar (a obra) integralmente concluída e liquidada”, referiu Orlando Alves.

O autarca disse que os “últimos meses exigiram um alto jogo de paciência” e explicou que o Tribunal de Contas “atrasou” a emissão do “necessário visto” para o arranque da obra.

“A luz verde chegou por estes dias ao que se seguiu a assinatura do auto de consignação o que significa que o empreiteiro pode automaticamente iniciar a empreitada”, salientou.

Após uma visita ao espaço, o presidente mostrou-se angustiado com o cenário de destruição encontrado.

Orlando Alves explicou que o edifício foi alvo de atos de vandalismo, como azulejos arrancados, vidros partidos ou o teto da piscina completamente destruído.

Relatou ainda estragos em máquinas de valor superior a 200 mil euros, que “podiam ser aproveitadas” e que “não constam do valor orçamentado”, pelo que será necessário um “esforço acrescido da autarquia para adquirir novas máquinas”.

“Vamos oferecer à comunidade montalegrense e à comunidade educativa este equipamento de formação e de entretenimento. É aquilo que a generalidade da população reclama e precisa. Quem destruiu, não tem legitimidade nem direito para reclamar seja o que for. Na nossa terra nunca pensei que fosse possível chegar-se a este estado de destruição”, salientou.

A intervenção prevê a separação da nave principal da nave do tanque de aprendizagem, pretende garantir o isolamento térmico das fachadas, a substituição dos vãos envidraçados por caixilharia com vidro duplo e corte térmico, que garanta o isolamento térmico e que mantenham a temperatura constante no interior.

A reabilitação do edifício será feita essencialmente ao nível da sua envolvente opaca exterior, de forma a "melhorar significativamente" o seu comportamento térmico e serão introduzidos sistemas de energia renováveis.

A obra inclui o isolamento térmico do teto, a substituição da iluminação atual por iluminação LED, a substituição das caldeiras atuais por caldeiras a ‘pellets’ e a instalação de um sistema de produção de energia elétrica (painéis solares).



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