A Câmara de Montalegre lançou hoje um plano de prevenção de fogos florestais, que inclui o levantamento das situações de risco no concelho, sensibilização dos proprietários para a limpeza das envolventes dos edifícios e alerta para as contraordenações.

O vereador responsável pelo pelouro da proteção civil, David Teixeira, afirmou à agência Lusa que o projeto junta município, GNR, bombeiros e Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e visa sensibilizar para o cumprimento obrigatório da limpeza da envolvente aos aglomerados populacionais e redes viárias.

O plano foi divulgado hoje à comunidade, aos autarcas das juntas de freguesia e aos responsáveis pelos conselhos diretivos dos baldios.

Até ao final desta semana, as 25 freguesias do concelho vão receber a visita das várias entidades que estão no terreno a explicar as recentes alterações verificadas na legislação.

O objetivo, segundo David Teixeira, é fazer o "levantamento das situações de maior risco" e alertar os proprietários para a limpeza obrigatória até 15 de março.

"A partir dessa data começarão a ser levantados os autos de contraordenação pela GNR", frisou.

As coimas podem ir dos 280 euros aos 10.000 euros, no caso dos particulares, e, para pessoas coletivas, podem ir dos de 1.600 aos 120.000 euros.

Depois, segundo David Teixeira, será definido um calendário de intervenção nas situações de maior risco, que será concretizado em conjunto com os sapadores florestais e os custos serão imputados aos proprietários.

"Não se pode deixar passar esta ideia de que se os proprietários não limparem, a câmara limpa. O fundo disponibilizado pelo Governo é um empréstimo", frisou.

O trabalho tem de ser feito, de acordo com o vereador, em "contrarrelógio". "Temos de fazer em três meses o que não foi feito em 40 anos", salientou.

A aposta do município de Montalegre, no distrito de Vila Real, passa ainda por uma intervenção "mais profunda" no carvalhal junto à vila, que vai servir de palco para ações de sensibilização que envolverão as escolas.



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