A Câmara de Montalegre vai canalizar 55 mil euros para apoiar lojas de roupa, sapatarias, esteticistas ou cabeleireiros que estiveram de portas fechadas devido à pandemia de covid-19, foi hoje anunciado.

A autarquia do distrito de Vila Real assinou um novo protocolo com a Associação Empresarial do Planalto Barrosão (AEPB) para apoiar agentes económicos locais afetados pela crise pandémica.

O presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, disse que o objetivo foi “acudir à defesa do emprego, aliviando o sofrimento dos empresários”.

“Temos assistido a muitas dificuldades devido à crise que vivemos. Há casos de quebras de receitas perto dos 100%. Há gente a fazer um grande esforço para manter os postos de trabalho. Todo o apoio é dirigido a empresas que foram obrigadas a fechar”, acrescentou José Fernando Moura, presidente da AEPB, citado num comunicado divulgado pela câmara.

O município adiantou que, a esta nova medida, foram submetidas “mais de 30 candidaturas” correspondentes a "mais 55 mil euros de investimento".

“Estamos perante um apoio que faz muita falta às empresas. Os empresários têm tido uma coragem extraordinária. Este dinheiro não irá resolver todos os problemas, mas será uma grande ajuda”, acrescentou José Fernando Moura.

O acordo visa ajudar os setores constituídos por estabelecimentos de esteticistas, cabeleireiros, sapatarias, vestuário e demais atividades não essenciais que, por força da legislação, permaneceram encerrados durante o confinamento.

O apoio consiste em “três salários mínimos para cada trabalhador”, sendo que no caso de trabalhador independente ou em situação de reforma, será atribuído um montante de 50% desse valor.

Para ter acesso ao apoio, os empresários terão de ter comprovativo da ausência de dívida ao Estado e os funcionários terão de ter vínculo há pelo menos três meses.

Estão também incluídos nesta medida os estabelecimentos de restauração e cafetaria que não se candidataram no âmbito do primeiro protocolo, assinado em fevereiro, e que foi dirigido a esse setor de atividade.

“Este protocolo representa a segunda fase dos apoios destinados aos setores da economia local que viram a sua produtividade diminuída com a pandemia. É bom que se diga que o município de Montalegre foi, a seguir a Lisboa, talvez o único do país a ter uma atitude como nós tivemos. Numa primeira fase acudimos à restauração e agora aos restastes setores que foram obrigados a fechar”, frisou Orlando Alves.

Na primeira fase contabilizaram-se cerca de 85 candidaturas.

Orlando Alves aproveitou para anunciar uma nova fase de apoios que irá incidir nas estufas e na produção biológica do setor hortícola e resultará de um protocolo a assinar com a Coopbarroso - Cooperativa Agrícola do Barroso.

“Este apoio tem a ver com o futuro da nossa terra. O país importa quase tudo que tenha a ver com a agricultura. Ora nós podemos produzir na nossa terra”, salientou o autarca.



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