O município de Montalegre implementa a partir desta semana as “Sextas Verdes”, dia em que a frota municipal vai parar com o objetivo de poupar combustível, disse hoje o presidente da autarquia, Orlando Alves. 

O autarca explicou à agência Lusa que, devido à escalada do preço dos combustíveis, a câmara decidiu implementar a iniciativa “Sextas Verdes”, através da qual “às sextas-feiras a frota municipal para toda”.

“É necessário também poupar combustível. O desequilíbrio orçamental, que virá do consumo regular de combustíveis que vínhamos fazendo, tem que ser previsto e tem que ser combatido”, referiu o presidente daquela autarquia do distrito de Vila Real.

Orlando Alves referiu que, durante as “Sextas Verdes”, os funcionários serão envolvidos, por exemplo, em ações de limpeza e outras iniciativas que não envolvam a utilização de meios mecânicos.

Pretende-se ainda, acrescentou, sensibilizar “todos os funcionários para a obrigação que também eles individualmente têm de, na sua própria viatura, serem contidos”. 

“Porque esta escalada de preços não augura nada de bom para a vida individual e coletiva de todos nós”, salientou.

Em apenas 15 dias, o preço dos combustíveis subiu entre 20 e 30 cêntimos, dependendo do tipo de combustível, das redes e das próprias estações dentro de cada rede.

Mas porque as contas também se fazem à subida do preço da eletricidade, o autarca referiu que o município “está a pensar em sensibilizar a população para a necessidade de se fazerem cortes na iluminação pública no período entre a 00:00h e as 6:00h”.

Desligar a iluminação pública para poupar foi já uma medida implementada neste concelho durante a crise que levou o país a recorrer a ajuda financeira externa e à chegada da ‘troika’ a Portugal.  

“Porque a escalada de preços de eletricidade é exatamente igual ao aumento do preço dos combustíveis”, apontou o presidente, lembrando, no entanto, que os “aumentos constantes” já aconteciam antes da guerra na Ucrânia.

“Independentemente de tudo isso a verdade é que será a única forma de nós nivelarmos o nosso orçamento e podermos desenvolvê-lo sem mexer muito com os investimentos que estão previstos no plano e com a satisfação das necessidades básicas das famílias”, afirmou.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.



PARTILHAR:

Treze museus uniram-se na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea

Colisão entre três veículos na EN213