Dezenas de portugueses vão trocar a agitação dos habituais «reveillons» pela tranquilidade da Natureza, escolhendo para a passagem de ano o retiro das «casas-abrigo» do Parque Natural de Montesinho, que se encontram lotadas há meses.

\"As pessoas já sabem que têm de marcar com muita antecedência\", disse à Lusa Duarte Figueiredo, do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade Norte (ICNB-Norte).

O fim de ano é, segundo aquele responsável, o pico da procura destas casas espalhadas pela área protegida, procuradas sobretudo pela classe média/alta do litoral, também em outras épocas festivas como o Carnaval, a Páscoa ou fins-de-semana prolongados.

O PNM tem seis casas-abrigo com 65 camas e nesta altura só já há algumas vagas, de acordo com o responsável, para o Natal, uma quadra passada geralmente em família. \"A comunhão com a natureza e a tranquilidade que o isolamento proporciona são os principais atractivos para os que optam por estas casas e que podem ainda ser brindados com uma passagem de ano branca, já que a neve costuma aparecer\", lembra.

Há vários anos que o parque dispõe desta oferta, que tem servido também de estímulo à iniciativa privada, contabilizando-se já 25 equipamentos particulares para alojamento no âmbito do Turismo da Natureza. A maior parte da oferta neste sector no Nordeste Transmontana localiza-se em Montesinho e o ICNB promete diversificá-la ainda mais nos próximos tempos abrindo as portas aos jovens. Segundo Duarte Figueiredo, o Instituto vai investir nos próximos dois anos mais de 350 mil euros na recuperação de mais três casas, que vão aumentar a oferta em mais 20 camas.



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Reconhecimento, busca e salvamento