A última noite do mais místico congresso português, o de medicina popular de Vilar de Perdizes, terminou, como seria de esperar, por entre muita fantasia e bruxaria.

Um caldeirão com 25 litros de aguardente, muita maçã, café e mel à mistura serviu para o último grande "bruxedo" do encontro numa iniciativa começada há muitos anos, mais por brincadeira, pela família Rodrigues.

Já que Vilar de Perdizes ganhou fama de terra de feitiços sem saber ler nem escrever, apenas porque o carismático padre Lourenço Fontes a escolheu para realizar o congresso, a família Rodrigues decidiu logo nos primeiros anos juntar-se à festa e por brincadeira decidiu distribuir pelos visitantes uma bebida "mágica".

E foi assim que sábado à noite, quando menos se esperava, lindíssimas bruxas todas de preto, lábios e olhos pintados bem de escuro e vassoura na mão começaram a aparecer por entre os forasteiros que assistiam ao espectáculo que animava o recinto da feira.

à margem da festa, um caldeirão de cobre largava labaredas mansas pela sua boca larga: no seu interior encontrava-se a famosa "queimada", uma bebida ancestral das terras de Barroso que durante séculos serviu de medicamento contra catarros e afins e que, mesmo que não tivesse outro efeito, ajuda no Inverno a combater o forte frio que se faz sentir na região.

A queimada cheirou já a fim de festa, mas quem hoje quiser visitar a feira ainda a encontra aberta durante todo o dia, apesar do congresso encerrar oficialmente ao fim da manhã.

A variedade de oferta é grande e quem quiser encontra à sua disposição consultas de tarÎt, reiki, massagens de milhentos tipos, naturopatia, osteopatia, acupunctura, umbanda, leitura de mãos e muito, muito mais.



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Bragança 4 - Valdevez1

Inscrições até 31 de Outubro