No seu 10º aniversário, o Museu Ibérico da Máscara e do Traje aposta no presente e procura vingar num futuro que promete ser risonho, dada a importância cada vez maior da herança cultural transmontana.
As comemorações do X Aniversário do Museu Ibérico da Máscara e do Traje aconteceram na passada sexta-feira, dia 24 de fevereiro, pelas 18 horas, na Cidadela do Castelo de Bragança.
Para celebrar a data, a Câmara Municipal de Bragança apresentou o catálogo da Máscara Ibérica e foi, também, inaugurada a exposição “Caretas” com máscaras da aldeia de Aveleda, de Isidro Rodrigues.
“Hoje (sexta-feira) comemoram-se os dez anos deste equipamento cultural aqui em Bragança, que foi o resultado de um projeto transfronteiriço entre o município de Bragança e a Deputación de Zamora”, começou por adiantar aos jornalistas o edil brigantino, sublinhando que esta parceria foi “um verdadeiro exemplo no que há cooperação transfronteiriça diz respeito e, também, na aplicação de fundos comunitários”.
De acordo com Hernâni Dias, passaram pelo Museu Ibérico da Máscara e do Traje, desde a sua abertura, 108 mil pessoas. O autarca destaca, ainda, que o facto do equipamento cultural estar sedeado no castelo, é “uma vantagem” que contribui para o aumento do número de visitantes.
“Vem muita gente de Espanha, vêm, também, muitos portugueses e outros turistas que o município recebe nesta zona, uma vez que o museu está sedeado dentro das próprias muralhas do castelo, o que é uma vantagem também, pois este espaço recebe imensos estrangeiros”, declarou o presidente da Câmara Municipal de Bragança, sublinhando que o Museu Ibérico da Máscara e do Traje tem contribuído, decisivamente, para a “preservação da memória do nosso território e, também, da província de Zamora”.
Hernâni Dias discutiu, ainda, com a comunicação social sobre a possibilidade do museu ser ampliado. “Essa é uma pretensão, até porque este espaço é relativamente exíguo e podermos fazer uma ampliação para conseguirmos ter aqui um local mais aberto de forma a também introduzirmos mais caretos, mais trajes e mais adereços, seria importante de facto, pois é aquilo que valoriza e carateriza este equipamento”, sublinhou o edil, que considera esta temática das máscaras uma “tradição com futuro”.
Presente no aniversário, esteve, também, o autor da exposição “Caretas”. “São 35 máscaras e esta mostra serve, sobretudo, para mostrar como é que são as máscaras na minha aldeia, Aveleda. Muitas destas são utilizadas pelos rapazes todos os anos na Festa dos Rapazes no dia 25 de dezembro”, descreveu o artesão brigantino, Isidro Rodrigues, cuja exposição estará patente no museu até ao dia 23 de abril.
Lata, folhas de flandres, zinco, pelos e cornos de animais selvagens são só alguns dos componentes que constituem uma máscara típica da localidade de Aveleda, que, segundo o seu criador, demora cerca de dois a três dias para se fazer.