O Museu da Vila Velha, em Vila Real, reabriu hoje depois de cerca de um ano fechado para obras devido aos estragos provocados pelo mau tempo no edifício e em peças de arte.

“Iniciamos este ano com a reabertura de um dos nossos museus, o Museu da Vila Velha (…). É este o nosso pontapé de saída no ano de 2021 e dizendo às pessoas que a cultura é segura”, afirmou à agência Lusa a vereadora do pelouro da Cultura, Eugénia Almeida.

Em dezembro de 2019, o mau tempo provocou prejuízos avultados no Museu da Vila Velha, na cidade transmontana, cuja cobertura foi arrancada pelo vento, sofrendo ainda inundações, danos em paredes, no chão e na parte elétrica e estragos em obras de arte, obrigando ao seu encerramento.

Naquele mês, a passagem pelo concelho das depressões Elsa e Fabien provocou 233 ocorrências no concelho de Vila Real, com destaque para as quedas de árvores e estragos em equipamentos municipais.

Eugénia Almeida referiu que, durante o ano 2020, o museu esteve fechado para a realização de obras, apontou o “trabalho que teve que ser feito com o seguro”, disse que “nem sempre as coisas são tão céleres” como o desejado e salientou que foram feitos “todos os esforços para a reabertura o mais rápido possível”.

Relativamente aos “valores em causa” adiantou que “ainda estão a ser acertados com o seguro”.

“Para que este equipamento pudesse estar aberto, a câmara municipal investiu dos seus próprios fundos aquilo que foi necessário para as obras e para agora fazer os acertos necessários também com o seguro”, explicou.

Durante o dia de hoje um técnico estará disponível para fazer uma visita guiada à exposição “Vila Velha - Novas Memórias” e à zona da Vila Velha a quem tenha interesse em saber mais pormenores da história da fundação da cidade e da sua evolução até à atualidade.

A autarca referiu que 04 de janeiro é um “dia importante” porque foi o dia que em que o rei D. Dinis passou a carta de foro a Vila Real, em 1289.

Nessa época Vila Real “nasceu intramuros”, com as “Portas da Vila” direcionadas para a atual avenida Carvalho Araújo.

Como sinais dessa época existem ainda vestígios da antiga muralha, a Igreja de São Dinis e a Capela de São Brás (anexa à igreja), ambas localizadas no interior do Cemitério de São Dinis.

Eugénia Almeida adiantou que o Museu da Vila Velha está a preparar uma exposição, que abrirá em breve, numa parceria com Serralves (Porto).

PLI // JAP Lusa, Foto: António Pereira



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