O Museu do Côa é a única instituição portuguesa a integrar a lista de nomeados do prémio Museu Europeu do Ano 2022, disse hoje à Lusa a presidente da Fundação Côa Parque, Aida Carvalho.
“A este concurso [EMYA, na sigla em inglês] candidataram-se, numa fase inicial, 300 museus de toda a Europa. Destas 300 candidaturas há uma lista final que engloba 60 museus e onde figura o Museu do Côa, sendo o único museu português a fazer parte da iniciativa”, explicou a responsável.
Segundo Aida Carvalho, esta candidatura é já vencedora porque se trata do reconhecimento do passado e de todo um trabalho desenvolvido ao longo dos últimos 11 anos.
“No fundo, o Museu do Côa pretende promover a inovação e a excelência, o trabalho em rede e as melhores práticas deste edifício que alberga o espólio da arte rupestre do Vale do Côa”, concretizou a presidente da Fundação Côa Parque.
Para Aida Carvalho, chegar à fase final dos EMYA “é muito importante para a promoção e reconhecimento internacional do Museu do Côa, já que está incluído na lista final deste concurso de dimensão europeia”.
O processo de seleção teve várias etapas que começaram com a elaboração do dossiê de candidatura e a visita do painel de jurados sendo que para esta edição poderiam concorrer museus novos ou renovados desde 2019.
“Uma vez que o Museu do Côa obedecia aos requisitos propostos para esta candidatura, decidimos avançar para este processo. As candidaturas para o EMYA encerraram em abril de 2021. Depois tivemos a visita do júri do concurso em 18 de agosto, seguindo-se um processo de provas cegas, as quais nós não pudemos acompanhar. Estou certa de que correu bem, daí nos terem colocado na lista final deste concurso”, disse Aida Carvalho.
Os vencedores do concurso serão anunciados entre 04 e 07 de maio de 2022, em Tartu, na Estónia.
O Museu do Côa foi projetado por Camilo Rebelo e Tiago Pimentel. Construído a partir de janeiro de 2007, foi inaugurado em 30 de julho de 2010.
O museu está construído no concelho de Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda, e assenta parte da sua estrutura numa colina sobranceira ao rio Côa, celebrando o “encontro” de patrimónios mundiais deste território: a arte pré-histórica do Vale do Côa e a Paisagem do Alto Douro Vinhateiro.