O município de Foz Côa e a Fundação Côa Parque (FCP) vão avançar com passadiços para fazer a ligação do museu e do parque arqueológico à margem do Douro, tendo em vista o turismo fluvial, disse hoje o presidente da autarquia.
"O que se pretende é uma maior aproximação do turismo fluvial do Douro com o Museu do Côa e, ao mesmo tempo, criar passadiços que liguem alguns núcleos da arte rupestre do parque arqueológico", explicou à Lusa o presidente da câmara de Foz Côa, Gustavo Duarte.
Este projeto, vincou, "servirá para acelerar a construção de um cais fluvial nas proximidades do museu, de forma a permitir o desembarque de turistas que procuram a arte do Côa e os produtos endógenos".
Nesta primeira fase será lançado um passadiço com cerca de um quilómetro de extensão, desenhado em forma de uma das gravuras rupestre do Vale do Côa e desenvolvido pelos autores do projeto para o rio Paiva, na zona de Arouca.
"Outra das ideias é ligar um novo passadiço à antiga estação de caminho-de-ferro do Côa, no troço de linha desativado entre o Pocinho a Barca d' Alva. O imóvel da estação será alvo de requalificação, já havendo empresários interessados na iniciativa", adiantou o autarca.
Em Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda, o projeto vai arrancar no sopé do museu para permitir a visita a alguns núcleos de gravuras rupestres no Vale de José Esteves e da Vermiosa.
"Esta será a primeira fase. Mas, depois, vamos alargar o projeto para que os visitantes tenham uma forma diferente de apreciar a natureza e este nosso património rupestre, e o próprio Douro e o Côa", disse Gustavo Duarte.
Por seu lado, Bruno Navarro, presidente da Fundação Côa Parque, considerou que este projeto pode constituir uma mais-valia para a valorização do território do Côa.
"Este passadiço poderá ser mais uma atração para os turistas que utilizam a via fluvial para descobrirem o vale do Douro", frisou.
Com este projeto, a FCP assume o compromisso de abrir mais núcleos de Arte Rupestre ao público, sem ser necessário fazer o transporte em viaturas todo o terreno.
Foto: Terceira dimensão