Na sequência da situação insustentável da retenção de credenciais para realizar análises clínicas que está a ser imposta aos utentes das Unidades Locais de Saúde do Nordeste Transmontano e Guarda, uma manifestação silenciosa vai decorrer em simultâneo nos dois distritos.
Esta quinta-feira, 26 de Abril, pelas 14h30, várias dezenas de utentes e Trabalhadores dos Laboratórios de Análises Clínicas das regiões da Guarda e de Bragança vão manifestar-se em simultâneo, pelo direito de Livre Escolha do Utente, um direito consagrado na Lei, que permite aos utentes do SNS poderem optar pelo local, público ou convencionado, onde lhes é mais conveniente realizar as suas análises clínicas.
Esta manifestação inédita pelo facto de decorrer em simultâneo é o culminar de várias ações de protesto que têm vindo a decorrer nos últimos meses, desde que as Unidades Locais de Saúde destes distritos começaram a reter as credenciais dos utentes dos Centros de Saúde da região, impedindo os utentes de fazer as suas análises nos laboratórios convencionados na sua área de residência. Esta medida tem tido um enorme impacto na redução do acesso a este meio de diagnostico por parte da população e uma situação incomportável para os laboratórios convencionados que se encontram neste momento num estado de asfixia. Estão em causa a degradação nos cuidados de saúde dos utentes e cerca de uma centena de postos de trabalho.
Assim, e com o intuito de sensibilizar as ULS para esta situação, as Comissões de Trabalhadores de Laboratórios e Unidades de Colheitas dos distritos da Guarda e Bragança vão promover uma manifestação silenciosa onde são esperadas várias dezenas de pessoas.
Quinta-feira, 26 de Abril, 14h30
Bragança
Praça Cavaleiro Ferreira, frente à antiga Sub-região de Saúde onde são atualmente os escritórios da Administração da ULS)
Guarda,
junto do Parque da Saúde da Guarda, em frente às instalações da ULS da região.
Recordamos que no passado mês de Março, os utentes e a comissão de trabalhadores dos laboratórios clínicos de Bragança promoveram uma manifestação em Mirandela, chamando a atenção do Presidente da Republica para esta questão, tendo inclusivamente, entregue um manifesto denunciado a situação. Desde essa altura têm sido encetadas diversas formas de apelo para o fim de uma situação que está a prejudicar gravemente os utentes e a gerar grave risco de desemprego nestas regiões.