Os participantes virão este ano de todo o país, desde Lisboa à Mealhada, embora prevaleçam, em número, os grupos da região. Só do concelho de Miranda Douro estarão presentes seis grupos de gaiteiros, a que se juntam um grupo de Vimioso, outro de Mogadouro e ainda um de Bragança (Deilão).
Mas da Galiza deverão chegar também os sons do grupo "Ultreia", e ainda de Espanha, mas não muito longe de Miranda Douro, são esperados os alunos de uma escola de música que tem a particularidade de se dedicar aos instrumentos tradicionais, incluindo a gaita de foles.
Trata-se de um instrumento que os jovens vêem cada vez com mais interesse, como disse ao DTOM o presidente do grupo Renascer das Tradições, Amável Falcão. Por isso mesmo, este ano vai ter lugar, integrado na festa, o primeiro encontro de "nuobos gueiteiros", onde são já esperados cerca de 15 jovens, sem contar com os que virão da escola espanhola já referida. A ideia de realizar a primeira edição da festa da gaita de foles surgiu sob a forma de "homenagem" a um gaiteiro que então falecera. Desde aí, explica Amável Falcão, o "número de participantes foi aumentando", e a iniciativa ganhou consistência.
Mas, este ano outra inovação marca ainda o evento: a realização de uma missa com o acompanhamento da gaita de foles, um costume que chegou a ser proibido por lei em tempos idos e que agora se pretende retomar.
Além da gaita de foles, e como remata Amável Falcão, esta "Fiesta de la Gaita de Fuolhes" pretende também, divulgar a língua mirandesa, a língua oficial de toda a divulgação.