O coordenador da Feira de S. Pedro está \"satisfeito\" com a forma como decorreu a edição deste ano. Na quinta-feira houve um \"percalço\", que foi a queda dos telhados de sete pavilhões do sector do artesanato, provocada pelo vento. Mas \"a rápida intervenção de pessoas especializadas conseguiu reduzir ao mínimo o impacte da situação, a ponto de grande parte dos expositores não ter sequer chegado a aperceber-se do acidente\", explicou Rui Vaz, salientando que, além deste \"percalço\", não houve quaisquer problemas .

O presidente da direcção da ACIMC afirmou que, para os expositores, \"o grau de satisfação varia conforme a atitude com que encararam a sua presença no certame\". Para os que vêem este tipo de eventos como uma oportunidade para mostrar os seus produtos, \"a feira não defraudou as suas expectativas, devido à grande afluência de público, nomeadamente nas noites de bons espectáculos\", como na de abertura, com Pedro Abrunhosa, na de quarta-feira, com \"Canta Bahía\", ou na de encerramento, com o grupo GNR. Para outros, este ano a feira foi \"mais um sucesso de vendas\", como sucedeu na área de máquinas agrícolas. \"Uma casa de Bragança vendeu 17 tractores\", exemplificou Rui Vaz.

Alguns empresários de Macedo decidiram apresentar-se como agentes, o que lhes permitiu dividir as despesas da compra de espaço com as marcas que representam. De outra forma, afirmaram, desistiriam de estar presentes na feira, o que já sucedeu com outros.

O facto de não ter sido ultrapassado o número de visitantes registado no ano passado, 70 mil, leva Rui Vaz a concluir que \"a melhor estratégia para inverter a tendência decrescente de visitantes é reduzir substancialmente o preço dos bilhetes, atribuindo-lhe um valor simbólico, de forma a que as pessoas possam ir diariamente à feira\". O presidente da ACIMC disse ainda que \"pagar dois euros e meio por pessoa, em cada noite, é pesado para algumas famílias, nomeadamente para as mais numerosas, que normalmente são também as de mais fracos rendimentos. A elas, o ambiente festivo da cidade passou-lhes ao lado\".

A inversão deste cenário passa, no entender de Rui Vaz, pelo \"envolvimento financeiro da autarquia a outro nível\". E \"a Câmara podia programar para a mesma quadra as Festas da Cidade\", acrescentou, esclarecendo que a Associação Comercial \"está disposta a negociar esta situação\". Rui Vaz afirmou ainda que \"não se pode penalizar mais os expositores, que já pagam caro o espaço\".

Apesar de ser cada vez mais evidente que \"grande parte dos visitantes já não vem só pelo cartaz de espectáculos\", o responsável pelo certame defende que as alterações \"não devem ir pela via de cortar nas despesas\". Na sua perspectiva \"seria um erro não continuar a apresentar um bom cartaz de espectáculos, dispensar o sector de apoio, que tem sido exemplar a nível de organização, ou abdicar do sistema de segurança, que tem merecido o aplauso de expositores, visitantes e observadores\".

O entusiasmo que suscitaram, no último dia, o VI Raid TT, o X Encontro Motard e o II Passeio em carros antigos, parecem garantir também a sua continuidade.



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