Cerca de uma centena de moradores de um prédio, em Vila Real, estão fartos do barulho proveniente de um bar.
Queixaram-se na Assembleia Municipal e a Câmara prometeu que o estabelecimento fechará à meia-noite.
Patrick Carneiro, porta-voz de quem vive no edifício de 40 apartamentos, na Quinta do Seixo, só conseguiu desabafar já a Assembleia ia longa, cerca das 2.30 horas desta sexta-feira. \"O bar está aberto durante a madrugada e gera muito barulho interno, provocado pela música, e externo, depois de os clientes saírem\", queixou-se, pedindo ao executivo da autarquia o seu \"encerramento\".
Esta já não é a primeira vez que os moradores do edifício reclamam daquele estabelecimento de diversão nocturna. Em 2006 encerrou pelos mesmos motivos que agora são invocados, mas em 2008 reabriu com nova gerência.
Perante a reivindicação do direito ao sossego feita por Patrick Carneiro, em representação dos restantes moradores, o presidente da Câmara de Vila Real, Manuel Martins, esclareceu na Assembleia Municipal que já tinha despachado, em finais do mês de Janeiro deste ano, no sentido de que o bar encerrasse à meia-noite. Só que o dono do bar não recebeu qualquer indicação nesse sentido e o autarca teve de se justificar: \"Palavra de honra que só hoje [ontem] é que soube que o horário que eu despachei ainda não tinha sido entregue à entidade que o solicitou\".
Ora, como o despacho \"não pode andar às voltas\", Manuel Martins garantiu: \"Eu vou pÎr aquilo nos eixos. Se houver incumprimento do horário, haverá cassação do alvará e ponto final\", frisou, notando que \"ninguém tem o direito de pÎr em causa o sossego da população\".
Patrick Carneiro garantiu que já foram apresentadas \"duas queixas na PSP\", uma em Fevereiro e outra em Abril, e que se a situação se prolongar vai haver novas formas de protesto. Adiantou ainda que \"há gente a tentar vender os seus apartamentos\", por estarem fartos da situação. O problema é que \"não é fácil arranjar interessados\". \"Até eu vendia o meu, se mo quisessem\", insistiu.