A intervenção da PSP ou da GNR numa eventual ocorrência na Rua Timor, em Chaves, depende do lado da via de onde for pedido o socorro. Se estiver do lado direito, deverá telefonar para a PSP, se estiver do esquerdo deverá accionar a GNR. Se o pedido for feito por duas pessoas que morem em lados opostos, terão de se deslocar ao local as duas forças.
Apesar de estranho e, aparentemente pouco eficaz, esta é apenas uma de situações \"confusas\" que estão previstas no novo mapa de intervenção de cada uma das duas forças policiais. O reordenamento da área pertencente a cada força foi reformulado recentemente pelo Ministério da Administração Interna e dado a conhecer esta semana às duas forças policiais. O objectivo era acabar com a confusão gerada pela partilha de supervisão de locais.
\"Ou tudo a um lado ou tudo para o outro\", reconheceu o responsável do Comando Distrital de Vila Real, intendente Serafim Tavares, que também terá sido ouvido no processo , tal como o responsável distrital da GNR. No entanto, na prática, em Chaves, o novo mapa tem o efeito contrário.
Aliás, na PSP flaviense, o novo plano de intervenção já causou descontentamento. E, por causa disso mesmo, o governador civil de Vila Real, António Martinho, deverá deslocar-se, hoje, a Chaves, no sentido de constatar no terreno as dificuldades de operacionalizar o mapa definido.
No entanto, ao que o JN apurou, na PSP de Chaves, além desta situação \"absurda\", que se passará também na Rua da Cocanha, o que estará a gerar mais descontentamento será o facto de o novo mapa de intervenção, \"dar\" à GNR uma freguesia que, embora rural, está praticamente integrada na cidade Outeiro Seco. Em contrapartida, foi acrescentada à PSP uma freguesia Valdanta, \"muito mais dispersa\" e de carácter mais rural. Além disso, a PSP terá ficado ainda com uma \"zona de montanha\", apesar de não ter meios (jipes, por exemplo) adequados.
O responsável pelo Comando de Vila Real, de que a secção de Chaves depende, Serafim Tavares, admite que o reordenamento da área ainda não é \"definitivo\" e pode vir a ser alterado, caso fique provado que a solução apresentada não é a mais adequada em termos de operacionalização. Mas avisa que a operação não pode ser entendida com o \"espírito de reconquista de território\".