Hugo Basaúla sagrou-se vencedor na categoria Elite da 1ª Etapa do Campeonato Nacional de Motocross que arrancou este domingo na já mítica pista de Freixo de Espada à Cinta.
Decorreu ontem na pista de Freixo de Espada à Cinta a primeira etapa do Campeonato Nacional de Motocross (Nacional MX). Pelo sexto ano consecutivo, a vila freixenista foi a anfitriã da estreia do Campeonato de Motocross, que nesta edição contou com 55 pilotos divididos entre quatro categorias.
Em pista estiveram as categorias Infantis B, MX2 Júnior, MX2, MX1 e Elite numa das pistas mais extraordinárias do motocross luso. Nesta primeira paragem, os pilotos enfrentaram 1800 metros de um traçado preparado ao milímetro para este primeiro evento da época.
Contudo, foi um arranque de campeonato exigente para pilotos e organização, já que o tempo ia estragando os planos de todos. Mas depois de uns chuviscos que marcaram a fase inicial da corrida e que deixaram a pista bastante pesada e mais complicada para os pilotos, durante a tarde deixou de chover. O que permitiu que na última corrida do dia, reservada à Elite, o traçado estivesse mais seco e em melhores condições para a evolução dos pilotos. Assim, na classe maior, o campeão em título, Hugo Basaúla não poderia ter começado o campeonato da melhor forma, vencendo à frente de Sandro Peixe e Miguel Gaboleiro.
“Ontem foi a abertura do campeonato nacional de motocross e ultrapassou todas as minhas expetativas. Apesar do tempo, que estava assim um pouco nublado e ainda veio um chuvisco, houve muita gente a assistir à abertura do motocross, onde a adrenalina subiu ao máximo aqui em Freixo de Espada à Cinta”, revelou um dos principais impulsionadores deste evento.
Ainda rouco devido às tarefas do dia de ontem, Raúl Ferreira destaca que estiveram em prova “os melhores pilotos nacionais e alguns internacionais, de países como a Noruega, Suíça e muitos pilotos de Espanha”.
O presidente da Junta de Freguesia freixenista e principal responsável pelo evento recorda como tudo começou, há 12 anos atrás. “Nós começamos praticamente do nada em 2004 com um troféu regional e fomos subindo degrau a degrau. Há seis anos atingimos o topo máximo do motocross com a prova de MX Elite e todos os anos tem vindo sempre a melhorar, sendo que desde há seis anos para cá fazemos sempre aqui em Freixo a abertura do campeonato nacional de motocross”, descreve, resumindo em dois os benefícios que o CN de Motocross traz para a vila, “primeiro porque é uma lufada de ar fresco na parte económica do concelho devido à gente que aflui aqui nesta altura e, depois, nós no interior também é bom termos a oportunidade de ver os melhores pilotos nacionais em prova”.
A principal surpresa do evento foi mesmo a participação do campeão nacional de moto4 de Portugal e Itália, João Vale, que fez “umas acrobacias” com a moto4 nos intervalos das provas para deleite do muito público presente na vila freixenista que, apesar do tempo, correspondeu ao chamamento do desporto motorizado, sobretudo, público oriundo de Espanha, da zona da fronteira.
Recorde-se que, em 2012, Freixo de Espada à Cinta recebeu uma prova do campeonato europeu, o que colocou a vila no mapa do motocross internacional.
Classificação final da 1ª etapa do Nacional MX
Infantis B: 1º Martim Espinho – KTM com 50 pontos; 2º Sandro Lobo – KTM, 42; 3º Fábio Costa – KTM, 42; 4º Igor Amorim – KTM, 36; 5º Rúben Ribeiro – KTM, 30
MX2 Júnior: 1º Diogo Graça – Husqvarna; 2º Sérgio Graça – KTM; 3º Bruno Charrua – Yamaha; 4º André Sérgio – Yamaha; 5º João Oliveira – Yamaha
MX2: 1º Pedro Carvallho – Yamaha com 47 pontos; 2º Diogo Graça – Husqvarna, 43; 3º Sérgio Garcia – KTM, 42; 4º Luis Oliveira – Yamaha, 36; 5º Jorge Leite – Honda, 34
MX1: 1º Hugo Basaúla – Kawasaki com 47 pontos; 2º Sandro Peixe – Honda, 47; 3º Miguel Gaboleiro – Suzuki, 40; 4º Jonathan Rodriguez – Suzuki, 34; 5º Rui Rodrigues – Yamaha, 34
Elite: 1º Hugo Basaúla – Kawasaki com 19 voltas; 2º Sandro Peixe – Honda a 02.286s; 3º Miguel Gaboleiro – Suzuki a 1m07.012s; 4º Pedro Carvalho – Yamaha a 1m18.606s; 5º Sérgio Garcia – KTM a 1m24.526s
FOTOS de Guilherme Gonçalves
