A barragem de Veiguinhas continua a ser viável e justificada. Só não foi construída devido a visões sectoriais do problema. Só assim se explica o chumbo do projecto, explicou António Guedes Marques, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte.

Em declarações ao JN, o director regional do Ambiente lembrou o facto de três entidades envolvidas no projecto, como o ICN, Instituto Nacional da Água e CCDR, terem assumido \\"sensibilidades distintas\\" e daí o arrastar do problema e existência de três estudos de impacte ambiental. \\"Partilho das preocupações sentidas pela Câmara de Bragança.

A seca existente no país, em especial no Nordeste, tornou a situação mais preocupante. Como tal, torna-se urgente tomar medidas em relação ao futuro. A barragem de Veiguinhas não é uma causa perdida\\", afirmou Guedes Marques.

Quanto à diferença de opiniões e argumentos esgrimidos nos últimos anos, bem como o recente chumbo ao projecto de construção por parte do anterior secretário de Estado do Ambiente, o vice-presidente da CCDR Norte reconhece a existência de \\"algum fundamentalismo\\" na decisão, mas também advoga a existência de um debate mais alargado \\"Tudo é discutível.

Em Vila Nova de Foz CÎa também existiam muitas vozes discordantes quanto à construção do empreendimento. Uns defendiam a barragem a todo o custo e outros optaram pela defesa das gravuras. No caso de Veiguinhas, estou convencido de que o problema irá voltar a ser discutido\\", concluiu.



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«Divergências profundas»

«Opções fundamentalistas»