O presidente da Câmara de Mirandela acusa a Administração do Centro Hospitalar do Nor-deste (CHN) de violar o protocolo para a manutenção da urgência médico-cirúrgica, assinado, em Abril, entre a Autarquia e a Administração Regional de Saúde do Norte.
José Silvano contesta uma comunicação interna da Administração do CHN para a unidade de saúde revelando que, a partir de depois de amanhã, a cirurgia vai fechar, da meia-noite às oito.
A Administração alega que, no ano passado, foram assistidos 234 doentes na cirurgia, naquele horário, um caso por cada dois dias, em média, com um cirurgião e outro de prevenção, pelo que, foi proposto ter ambos em prevenção. A situação não foi aceite por cinco dos seis especialistas. Para o presidente da Câmara, o CHN \"não está a cumprir a lei\" relativamente às valências médicas obrigatórias numa urgência médico-cirúrgica, que, para poder funcionar, \"tem de dispor de bloco operatório por 24 horas\". Com esta decisão, os centros de saúde do sul do distrito deixam de ter como referência a Urgência de Mirandela, passando a deslocar os doentes para Bragança.
Contactado pelo JN, o vogal do CHN, Eduardo Marçoa, confirma a deliberação e garante que \"não é para voltar atrás\". Assegura, ainda, que a população não será prejudicada, porque Medicina Interna e Anestesia vão assegurar a Urgência naquela unidade, \"permitindo acautelar o acompanhamento e segurança dos doentes internados até Bragança\".