Um dos bombeiros feridos no incêndio de Miranda do Douro defendeu que deveria ser fornecido aos voluntários «melhor equipamento individual de combate às chamas, à semelhança do que acontece com a Força Especial de Bombeiros (FEB)».

"Para o desempenho da nossa missão de combate às chamas precisamos de melhor equipamento de proteção individual. Se as nossas fardas fossem melhores talvez não tivesse acontecido o que aconteceu ",disse à agência Lusa Vítor Ribeiro.

O bombeiro de 2.ª classe, com 32 anos, foi um dos cinco elementos dos voluntários de Miranda do Douro que foi atingido pelas chamas no incêndio que deflagrou em Cicouro (Miranda do Douro) no dia 01 agosto e que acabaria por vitimar um outro bombeiro, de 45 anos, da mesma cooperação.

Por outro lado, Vítor Ribeiro reclamou igual tratamento para os bombeiros voluntários à semelhança de outros bombeiros, como é caso da denominada FEB.

Vítor Ribeiro ficou ferido com queimaduras de segundo e terceiro grau, que lhe cobriam cerca de 10%, acabando por escapar com vida "à manha e à investida de um inimigo chamado fogo".

Apesar de combalido e numa situação de "baixa médica" este voluntário afirmou que não se sente "um herói da nação", mas sim "um simples bombeiro que luta no combate às chamas, quando é chamado para desempenhar a sua missão".

A mudança repentina do vento foi o que mais "baralhou" os bombeiros que, para puderem sair com vida do ponto onde se encontravam "encurralados", tentaram entrar numa zona onde o mato era mais rasteiro e mesmo assim a viatura de combate às chamas acabou por se incendiar.

"Será sempre um momento muito difícil de esquecer. Não sei como tudo aconteceu. Foi tudo muito rápido e pesou muita coisa pela minha cabeça", relembrou Vítor Ribeiro.

As feridas são visíveis, a moral um pouco em baixo. Porém, Vítor Ribeiro diz que não baixará os braços e, logo que esteja recuperado, voltará ao teatro de operações para combater o fogo, ou para outra missão que lhe seja confiada.



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