No regresso tão aguardado de Paulo Bragança aos palcos, o fadista brigantino actuou em dueto com José Cid, emprestando a voz à sua alma e comovendo a saudade.
Os presentes souberam reconhecer a importância do momento e aplaudiram o artista transmontano efusivamente.
Como sempre acontece, todos os anos, o arraial deveria ter sido no domingo. Mas, pela primeira vez na história das Festas da Cidade de Bragança, a noite principal foi adiada para segunda-feira.
O Instituto Português de Meteorologia havia avisado que, no continente, sobretudo, no interior norte, poderia haver aguaceiros fortes e trovoada. E se a população já esperava por um arraial molhado no domingo, o vento que se fez sentir fez daquela noite uma de tempestade em que o risco envolvido era demasiado. Rajadas fortes de vento poderiam interferir com as estruturas montadas em palco e mesmo a chuva tempestuosa poderia fazer perigar todo o evento já que água e energia eléctrica, simplesmente, não combinam.
Sem qualquer conhecimento prévio do adiamento do concerto de José Cid com Paulo Bragança, os populares rodeavam o Eixo Atlântico no domingo à noite, tentando perceber a falta de música e contribuindo para uma confusão generalizada.
Perto da meia-noite, nas partes mais altas da cidade como, por exemplo, no Vale Chorido, centenas de carros esperavam pelo fogo-de-artifício. O espectáculo, contudo, não se concretizou, sendo adiado, também, por decisão da Câmara Municipal de Bragança (CMB) para a noite seguinte.