Vila Real festeja este ano o «Natal Da Bila» com uma árvore de 25 metros e iluminada por 80 mil lâmpadas, uma montra de presépios, uma mostra de sabores, uma iniciativa que visa promover o comércio tradicional.
A Câmara de Vila Real, conquistada em setembro pela primeira vez pelo PS, manteve para este ano o orçamento de 11 mil euros destinado às atividades de Natal.
Entanto, segundo afirmou o presidente do município, Rui Santos, a ideia foi "fazer mais com menos".
Por isso mesmo, à iniciativa pública juntou-se a privada, com alguns empresários da cidade patrocinarem a instalação da "maior árvore de sempre", na zona da Araucária, local onde nunca teve iluminações natalícias.
Esta árvore de Natal ergue-se a 25 metros de altura, é iluminada por 80 mil lâmpadas e possui 2,5 quilómetros de fios de luzes.
Mais no centro histórico da cidade foram colocadas também mais iluminações "em locais nevrálgicos".
Segundo o vereador José Maria Magalhães, a programação do "Natal da Bila" incluiu ainda uma montra de presépios de grandes dimensões, entre 16 dezembro e 07 de janeiro, feitos pela iniciativa de 16 juntas de freguesia do concelho que serão também espalhados por vários locais do centro.
Depois, entre os 20 e 22 decorrerá uma mostra de sabores, com as freguesias a trazerem à cidade o melhor que se produz e faz em cada uma. Esta iniciativa vai envolver 12 juntas.
Dezassete ranchos, tunas, coros e grupos musicais irão atuar durante a quadra, pela zona histórica
No dia 21, 70 ciclistas vestidos de Pai Natal irão promover um passeio e, no dia a seguir, é a vez dos atletas da corrida de São Silvestre saírem à rua.
José Maria Magalhães salientou a criação de sinergias que se fez este ano, mostrando que juntos "são mais fortes".
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Vila Real (ACIVR), José Ricardo Fonseca, destacou a importância deste tipo de iniciativas para ajudar o comércio tradicional, que atravessa uma "grave crise".
O objetivo do "Natal da Bila" é atrair mais pessoas ao centro histórico.
No entanto, José Ricardo Fonseca salientou que o comércio tradicional não conseguirá sobreviver "apenas de festas" e, por isso mesmo, reivindicou de novo a instalação de lojas âncora ou serviços no centro, como a Loja do Cidadão.
O responsável falou numa "debandada de serviços" desta zona da cidade, como bancos ou até a abertura de um balcão dos CTT do outro lado do rio, e por isso salientou a necessidade de se fazer "mais qualquer coisa" pelo centro histórico.
Para ajudar nesta época, o presidente da ACIVR apelou às compras de Natal no comércio tradicional e garantiu que haverá sempre animação pelas ruas e música natalícia.