Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Bragança tem 40 camas em funcionamento, mas existem mais 20 prontas, não utilizadas, à espera de financiamento.

 

A polémica instalou-se à dias nas comemorações do segundo aniversário da Unidade de Cuidados Continuados (UCC) da Santa Casa da Misericórdia de Bragança (SCMB), quando o edil brigantino reclamou a existência de mais 53 camas de cuidados continuados para o distrito face às 20 atribuídas pelo Governo, de acordo com a distribuição para a rede nacional.

Vinte camas para Vinhais, já asseguradas, mais 20 para a SCMB, já disponíveis e pagas pelo Estado, mas ainda inoperacionais, mais 13 para Mirandela, no total de 53 camas, garantiriam, de acordo com Hernâni Dias, a cobertura total na região.

Por sua vez, o provedor da SCMB, com quem o Diário de Trás-os-Montes esteve à conversa, afiançou que “com mais 40 ou 50 camas, o distrito ficaria perfeitamente coberto”.

“A informação que nós temos para a distribuição de novas camas para os Cuidados Continuados é que estariam agendadas 20 camas para o distrito de Bragança, o que nós achamos manifestamente insuficiente”, revelou Eleutério Alvas, sublinhando que o interior norte é das regiões mais envelhecidas de Portugal e, por isso, necessita de mais camas que qualquer outro distrito do país.

“Nós temos uma Unidade de Cuidados Continuados construída e dimensionada para 60 camas. No entanto, o governo anterior apenas assumiu um acordo de cooperação para 40. Ou seja, nós temos 20 camas disponíveis com capacidade instalada, com equipamento e recursos humanos que, neste momento, não estão a ser utilizadas”, declarou o provedor, acrescentando que “se o governo quisesse, amanhã, essas mesmas camas entrariam em funcionamento”. O provedor adiantou, ainda, que vai continuar “a defender a necessidade de mais camas no distrito”, não só as 20 para Bragança, mas mais 13 para Mirandela e mais 20 para Vinhais”, na certeza de que “todas elas não seriam demais”.

Eleutério Alves, responsável pela maior unidade de cuidados continuados da região considerou que Bragança, apesar de ser o concelho de Portugal com mais idosos, é,  também, o concelho menos beneficiado pelas políticas dos sucessivos governos.

“Nós entendemos que temos todas as condições e que é legítimo querermos que essas 20 camas entrem em funcionamento. AS 40 camas já as temos há dois anos com apoio comparticipado do Serviço Nacional de Saúde, agora falta o financiamento, um acordo de cooperação, para as vinte que já estão instaladas e prontas para receber os utentes”.

 



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