Cavaco Silva louvou-lhe «as fortes convicções, o espírito aberto e livre» e as «provas dadas muito antes do 25 de Abril»; ele agradeceu o elogio e fez rir o presidente da República e toda a plateia que enchia uma das alas da Casa de Mateus, em Vila Real «Este prémio consagra uma injustiça, porque foi atribuído à obra e é o autor quem recebe o dinheiro».

Foi em ambiente de boa disposição que o escritor Fernando Echevarría recebeu das mãos de Aníbal Cavaco Silva - que ainda lembraria os \\"50 anos de uma vida literária intensa e fecunda\\" - o prémio Dom Diniz, relativo ao livro \\"Epifanias\\", publicado pelo escritor em 2006. A cerimónia decorreu no passado fim-de-semana, em Vila Real.

O Prémio Dom Diniz, no valor de 7.500 euros, foi instituído pela Fundação Casa de Mateus, em 1981. Visa distinguir obras de poesia, ensaio ou ficção publicadas no ano anterior à sua atribuição. O júri foi este ano constituído pelos escritores Vasco Graça Moura, Nuno Júdice e Fernando Pinto Amaral.

Echevarría é autor de \\"Tréguas para o amor\\", \\"Sobre as horas\\", \\"Media vita, \\"Figuras\\", Georgicas\\" e \\"A base e o timbre\\", entre outras obras. Nasceu em 1929, em Cabezón de la Sal, Santander, Espanha, filho de pai português e mãe espanhola.

O prémio Dom Diniz foi já atribuído a nomes como Agustina Bessa Luís e Almeida Faria (ambos na primeira edição de 1981) ou José Saramago e Camilo José Cela, ambos Nobel da Literatura (o primeiro em 1989; o segundo em 1998). No ano 2006, o escritor transmontano António Manuel Pires Cabral foi o galardoado com o Dom Diniz, pelo títulos de poesia \\"Douro Pizzicato e Chula\\" e \\"Que comboio é este\\".



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