O Norte de Portugal e a região espanhola de Castela e Leão deram hoje, "o pontapé de saída" do Plano de Cooperação 2021-2027, para analisar as prioridades de investimento conjunto do próximo ciclo comunitário.
O encontro em Miranda do Douro da Comunidade de Trabalho criada em 2000 para fortalecer a cooperação das duas regiões, e que reúne a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a Junta de Castela e Leão, visou a preparação de um plano para a identificação de potenciais projetos candidatos a instrumentos de apoio europeus.
"Está em cima da mesa, neste momento, o período de preparação de um plano estratégico relativamente ao [ciclo] 2021-2027, para identificar um conjunto de prioridades e desafios - como a demografia do território, questões ambientais, transição energética e digital - para que, nestes campos, se possam utilizar os financiamentos disponíveis", explicou à Lusa a vice-presidente da CCDR-N.
Outros dos propósitos, explicou Ester Silva, passa por reverter "um ciclo vicioso" a tendência que se instalou, sobretudo nos territórios de fronteira, “de envelhecimento das populações, despovoamento e de uma grande vulnerabilidade económica"
A responsável destacou ainda que a “crise da covid-19 vem colocar às regiões e aos atores locais novos desafios para saber como se vai proceder ao processo de recuperação europeia e isso não poderá ser feito sem o envolvimento dos territórios",
Por seu lado, Francisco Igea, representante da Junta de Castela e Leão, disse que esta reunião de trabalho foi intensa e teve como propósito preparar o futuro das duas regiões de Portugal e Espanha.
"Vamos elaborar um documento estratégico conjunto que nos permita analisar quais são os principais problemas que afetam esta região e que fortaleça a relações transfronteiriças", frisou.
Tanto Castela e Leão como a região Norte de Portugal apoiam a realização de atividades de cooperação transfronteiriça entre entidades locais ou entidades sem fins lucrativos que contribuam para melhorar a integração de territórios.
Foto: Manuel Herrera/La Opinión de Zamora