A Associação dos Apicultores do Parque Natural do Douro Internacional está preocupada com a crescente instalação de apiários espanhóis nos concelhos do planalto mirandês. Só nos municípios de Vimioso e Mogadouro, por exemplo, já são mais de quatro mil colmeias.

Os espanhóis sabem que na área do Parque Natural Douro Internacional há boas condições naturais para a produção de mel - a morfologia do terreno e as condições únicas da flora. Ao contrário, e segundo Américo Fernandes, presidente da Associação de Apicultores, sucessivos governos lusos têm-se esquecido da importância do sector da apicultura, já que não há apoios directos para este sector. \"A produção de mel não pode ser encarado como um passatempo, mas como actividade económica importante em algumas regiões\", argumenta aquele responsável.

\"As colmeias vêm de Espanha em grandes quantidades. Há mais de quatro mil instaladas em concelhos como o de Vimioso e Mogadouro. Em termos comparativos, o apicultor que tem um maior número de colmeias na região fica-se pelas 600, o que representa um número insignificante, quando comparado com o efectivo vindo de Espanha\" diz Jorge Fernandes, técnico da Associação de Apicultores.

Este técnico lembra, por outro lado, que nos anos 80, os apicultores espanhóis foram responsáveis pela entrada em Portugal da doença da BarrÎa, insistindo que é necessário cumprir as distâncias entre apiários.

Agora, a grande preocupação dos apicultores portugueses prende-se com o facto dos espanhóis instalarem um grande número de colmeias, o que pode delapidar o património natural, sem deixar mais valias económicas nesta região, já que o mel e o pólen são levados e comercializados em Espanha.

Por outro lado, a invasão espanhola leva a que os apicultores trasmontanos vejam o seu território limitado para a instalação de colmeias, com consequente perda de rendimento.



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