A nova presidente da Câmara de Mondim de Basto, que toma posse hoje, quarta-feira, aposta na continuidade do projeto lançado em 2009, no saneamento financeiro do município e na consolidação deste destino para o turismo de natureza.

“Este não é um mandato novo. É um projeto que já tem 10 anos e se foi renovando cada vez que íamos a eleições. Por isso, neste último mandato eu espero cumprir tudo o que está previsto”, afirmou hoje Teresa Rabiço à agência Lusa.

A até agora vice-presidente da Câmara de Mondim de Basto substitui o socialista Humberto Cerqueira, que renunciou ao mandato para assumir o cargo de vogal executivo da Comissão Diretiva da Autoridade de Gestão do Norte 2020.

Teresa Rabiço assumiu o cargo de presidente em exercício de funções na segunda-feira, depois da renúncia de Humberto Cerqueira e, na quarta-feira, realiza-se o ato formal de tomada de posse, que acontecerá durante uma reunião de câmara.

Toma também posse a nova vereadora sem pelouro Ana Rita Lemos Oliveira.

Humberto Cerqueira conquistou a Câmara de Mondim de Basto para o PS, em 2009, e cumpria um terceiro e último mandato.

Teresa Rabiço afirmou que o executivo agora liderado por si pretende continuar a “cumprir o pagamento do saneamento financeiro que está previsto até 2022”.

“Quando chegamos à câmara, herdámos uma dívida de 20 milhões em 2009, que nos asfixiou”, lembrou.

A dívida do município passou, entretanto, dos “cerca de 20 milhões de euros para os 4,5 milhões de euros”.

A nova presidente garantiu empenho na conclusão das obras emblemáticas que estão a decorrer ou vão arrancar no concelho, como a variante a Celorico de Basto, uma ligação rodoviária reivindicada há muitos anos, ainda a Casa da Cultura, a requalificação da Escola Secundária, a intervenção no edifício da GNR ou o alargamento da rede de saneamento básico.

“Graças à persistência do senhor presidente da câmara, à visão que ele tinha. Tudo isso correu com muita programação, atempadamente, com muito cuidado e eu espero continuar nessa senda”, referiu.

Neste concelho de transição entre Trás-os-Montes e o Minho, onde as atividades predominantes são a agricultura, floresta e a exploração de granito, o turismo ligado às atividades de natureza tem crescido de forma sustentada e atrai cada vez mais visitantes.

Teresa Rabiço referiu que a estratégia passa por continuar a afirmar o município como um destino de “natureza de excelência”, tirando partido do património natural.

Para o efeito, lembrou a rede dos miradouros, os percursos pedonais e a intervenção que prevê melhorar as condições de visita ao miradouro da cascata das Fisgas de Ermelo, na serra do Alvão.

As quedas de água das Fisgas de Ermelo, no rio Olo, têm 400 metros, são consideradas uma das maiores da Península Ibérica e são um dos locais mais visitados do Parque Natural do Alvão (PNA), no distrito de Vila Real.



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