O Hospital de Macedo de Cavaleiros será reforçado no próximo ano com alguns serviços de Saúde, designadamente a ampliação da unidade de AVC, passará a ter um serviço ao nível de Otorrino - que até aqui não existia - e a instalação de uma Unidade de Cuidados Continuados. Estas mudanças estão incluídas no âmbito da reorganização dos serviços hospitalares do Nordeste Transmontano, após a criação do Centro Hospitalar, há cerca de um ano.
As novas valências agradam à Comissão de Acompanhamento das Questões da Saúde, criada no âmbito da Assembleia Municipal, e que tem realizado várias acções de protesto contra o esvaziamento de funções daquele hospital. A comissão reuniu ontem em Macedo de Cavaleiros, com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Nordeste para analisar a situação. No entanto, ainda não foi desta que os macedenses tiveram respostas à sua principal inquietação a perda da urgência médico-cirúrgica naquela unidade de Saúde.
O assunto está a ser analisado, e segundo José Madalena, membro daquela comissão, a última informação que tiveram da Secretaria de Estado da Saúde remete a decisão para o início de Janeiro. \"Até lá, vamos continuar ansiosos e inquietos sobre o que poderá suceder\", afirmou.
A Comissão de Acompanhamento das Questões da Saúde enviou um vasto relatório ao Ministério da Saúde com as razões que tornam necessária a manutenção da Urgência, que, além da população do concelho de Macedo de Cavaleiros, serve ainda os concelhos do sul do distrito, designadamente Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro. \"As nossas razões são de peso e justificam a manutenção da urgência\" acrescentou José Madalena.
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar, Henrique Capelas, não quis fazer comentários sobre o eventual fecho da urgência, afirmando que a decisão cabe ao Ministério da Saúde.
\"A nossa preocupação é servir os 120 mil utentes do distrito. E estamos a cumprir as orientações políticas do Ministério da Saúde\", sublinhou.