O Hospital de Vila Real coloca em funcionamento nos próximos meses o Centro Oncológico, a Via Verde Coronária e uma nova cozinha, representando um investimento de cerca de 18 milhões de euros, disse hoje fonte da administração.

A unidade de Vila Real do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que engloba ainda os hospitais de Lamego, Chaves e Régua, abriu hoje as portas para um visita guiada à comunicação social.

O administrador do centro hospitalar Carlos Vaz referiu que em Abril é aberto o Centro Oncológico de Vila Real (COVR) para servir meio milhão de habitantes da região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Esta é uma das primeiras unidades do género a ser construída fora dos grandes centros urbanos, depois de Lisboa, Porto e Coimbra.

«Estamos na fase final de testes de funcionamento da estruturas e equipamentos médicos e de formação das equipas», salientou Carlos Vaz. Com um investimento de 14 milhões de euros, a nova unidade permitirá o tratamento de cerca de 80 por cento dos casos de cancro registados na região transmontana, designadamente do pulmão, próstata, útero, bexiga, mama, colo rectal, pele e do estÎmago.

Para além da radioterapia, o centro vai ser também equipado com bloco operatório, hospital de dia e cuidados paliativos.

Com a entrada em funcionamento desta unidade de saúde verificar-se-á uma grande diminuição na deslocação de doentes para o Hospital de São João e o Instituto Português de Oncologia, ambos no Porto.

Para o primeiro ano de funcionamento está previsto o tratamento de cerca de 800 doentes oncológicos na nova unidade, estando o centro preparado para dar resposta aos cerca de 1.700 novos casos de cancro que se registam anualmente na região.

O atraso de cerca de 18 meses na conclusão da obra, prevista para Setembro de 2006, levou o deputado social-democrata Ricardo Martins a questionar o Governo.

Na resposta ao requerimento do deputado, o Ministério da Saúde explicou que o «atraso se deveu a deficiências por parte da empresa adjudicatária».

O ministério sustentou ainda que não se verificou «qualquer alteração ao plano funcional para o Centro Oncológico de Trás-os-Montes e Alto Douro, estando incluído na organização da Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia, classificado como Hospital de Plataforma C».

Segundo Carlos Vaz, nas próximas semanas entra também em funcionamento a Via Verde Coronária, possível graças ao novo serviço de Hemodinâmica, que custou cerca de 1,4 milhões de euros.

Vila Real torna-se num hospital piloto na instalação desta Via Verde do Enfarte Agudo do Miocárdio, uma valência que, segundo o administrador, «salvará a vida a muitos doentes, evitando deslocações para o Porto».

No ano passado, o centro hospitalar instalou também a «Via Verde AVC», uma valência que, em 2007, fez «350 atendimentos».

A administração abriu recentemente o concurso público internacional para a exploração da nova cozinha, que deverá abrir as portas entre Abril e Maio.

Com um custo de 2,4 milhões de euros, este serviço vai confeccionar as refeições para os quatro hospitais que integram o CHTMAD.

A lavandaria da unidade de Vila Real já está efectuar a lavagem de toda a roupa dos hospitais dos distritos de Vila Real e também de Bragança.

Segundo Carlos Vaz, o centro hospitalar pretende investir um investimento de 100 milhões de euros em obras e melhoria dos serviços, nos próximos três anos, nas quatro unidades hospitalares.



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