A produção de aglomerados de madeira é o tema de mais uma rúbrica Universidades Tecnológicas do Programa da Sic Notícias, Falar Global.

Um grupo de investigadores da UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro está a levar a cabo um novo processo de aglomeração de madeira, isento de formaldeído, dando origem a novas composições de partículas. Esta iniciativa surge como processo alternativo aos actuais aglomerados permitindo acumular partículas de baixa granulometria.

Esta técnica tem a vantagem de ser amiga do ambiente e ao mesmo tempo ajudar a dar uma maior ênfase nos subprodutos e resíduos dos sectores da cortiça e da madeira.

O processo utiliza um pré-polimero como sistema de aglomeração; um agente de reticulação e caso ser necessário um catalizador, que tem como objectivo deixar os produtos sólidos, bem aglomerados, com resistência mecânica e flexibilidade.

O processo de aglomeração em separado pode ser aplicado em granulados de cortiça e/ou pó de cortiça e/ou terras e em aglomerados de estilha de madeira, serradura, pó de fibras e pó de polimento.

O processo de aglomeração conjunta pode ser aplicado em aglomerados de madeira e cortiça homogéneos e em aglomerados de madeira e cortiça heterogéneos.

Os estudos indicam que os novos aglomerados apresentam boas características macroscópicas e os seus componentes físicos e mecânicos têm grande rendimento na indústria.

Conclui-se que a investigação aperfeiçoa as propriedades mecânicas e a impermeabilidade dos aglomerados, ao contrário do que se verificava com os actuais aglomerandos que reduzem a sua eficácia com a estilha de folhosas e com a estilha com casca.

Verifica-se também uma elevada valorização e optimização industrial de produtos, subprodutos e resíduos dos sectores da madeira e cortiça.



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