Os ministros das Finanças da Zona Euro vão analisar as recentes turbulências nos mercados financeiros internacionais quando se reunirem num barco cruzeiro no rio Douro a 14 de Setembro.

Fonte comunitária disse à agência Lusa que a estabilidade nos mercados financeiros, assim como a evolução das taxas de juro e de câmbio, serão dos temas principais do encontro do Eurogrupo (13 Estados que adoptaram o euro) que antecede a reunião de 14 e 15 de Setembro (sexta-feira e sábado) dos 27 ministros das Finanças da União Europeia, sob presidência portuguesa.

O cruzeiro começa às 8:30 e termina a tempo de uma conferência de imprensa, cerca das 12:30, no edifício da Alfândega do Porto.

A presidência portuguesa organiza as duas reuniões, mas o Eurogrupo, que coordena as questões de política económica e orçamental e de representação externa do euro entre os países que adoptaram a moeda única, é presidido pelo primeiro-ministro e também ministro das Finanças do Luxemburgo, Jean-Claude Juncker.

Por outro lado, uma discussão sobre a «qualidade» das Finanças Públicas e a sustentabilidade das políticas públicas europeias irá dominar a reunião dos 27, na Alfândega, que começa com um almoço entre os ministros das Finanças.

Segundo a mesma fonte comunitária, o responsável pelas Finanças portuguesas, Fernando Teixeira dos Santos, pretende discutir as reformas estruturais que os Estados-membros estão a realizar para que, se possível, sejam identificadas as «melhores práticas» nesta área que possam servir de exemplo aos outros países.

Teixeira dos Santos, que preside à reunião dos ministros das Finanças dos 27, tem defendido que a melhoria da qualidade das finanças públicas nos Estados-membros, através do reforço do enquadramento orçamental e da eficácia e eficiência da despesa e da receita públicas, é essencial para garantir a sustentabilidade das políticas económicas e sociais e um crescimento económico assente em bases sólidas.

O responsável do governo deverá dar como exemplo as reformas estruturais em curso no sector público português e colocar o acento tónico na «modernização da administração pública» como forma de assegurar a disciplina orçamental e tornar a administração pública um mecanismos de promoção da eficiência do sector privado e da competitividade da economia.

A reunião dos 27 termina com um almoço no sábado mas logo a seguir, na parte da tarde, os ministros irão encontrar-se com os seus 10 congéneres do chamado Processo de Barcelona, os países vizinhos da orla Sul do Mediterrâneo.



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