Ainda a saborear a vitória sobre o primo-divisionário Beira-Mar em jogo a contar para a Taça de Portugal, o Vila Real entrou em força e conseguiu chegar ao primeiro golo do desafio quando se jogava apenas o segundo minuto do jogo. Francis aproveitou bem uma desatenção da defensiva da casa e endossou a bola a Fraguito que, no local certo, não teve dificuldades para abrir o marcador.
Depois, o futebol de razoável qualidade durou tão somente até à passagem do primeiro quarto de hora, altura em que as duas equipas pareceram "divorciar-se" da bola e passaram a jogar de forma arrastada, sem grande imaginação e incapazes de criar situações de golo. O intervalo chegava na melhor altura.
No segundo tempo o desafio melhorou em qualidade. Também muito por culpa da atitude posta em campo pela equipa do Vila Real, que voltou a entrar a todo o gás e chegou ao segundo golo no minuto 51, através de André Lisboa. Ao melhor período de futebol da equipa da casa correspondia Tiago com a obtenção do terceiro golo, nove minutos após o anterior.
Só com 3-0 no marcador é que o Bragança finalmente acordou. Osman, aos 65 minutos deu uma "sacudidela" no desafio e, com um bonito gesto técnico, reduziu a desvantagem. Depois, quando se esperava a reacção do Bragança, o jogo voltou a ficar adormecido, para só despertar com o golo de Bragança, aos 83 minutos, na conversão de uma grande penalidade, a trazer nova esperança à equipa nordestina.
O Bragança estava mais próximo de chegar à igualdade, mas foi o Vila Real quem "matou" o desafio, com Fraguito a fazer o 4-2, aos 89 minutos, e a arrumar de vez a questão quanto ao vencedor. Mesmo assim, os "canarinhos" ainda conseguiram reduzir, já em tempo de descontos, novamente na transformação de uma grande penalidade apontada por Eduardo Bragança.
O jogo chegava ao fim com uma vitória justa da formação da casa. Gomes Araújo, árbitro do desafio, à semelhança das duas equipas, teve uma tarde "vacilante". Oscilou entre o positivo e o ridículo tendo assinado uma exibição que prejudicou o futebol, com as duas equipas a terem muitas razões de queixa do trabalho do juiz. Com arbitragens destas, nunca pode haver bons jogos de futebol.
