Talvez mais do que isso, foi a forma como o Canadá controla as suas fronteiras, já que está provada que alguns dos terroristas que estiveram na base dos atentados terroristas contra Nova Iorque e Washington, passaram pelas fronteiras - enormes - entre os dois países. Os EUA, pela voz de George Bush, fizeram saber ao Canadá que queriam a sua cooperação para manter fora da América do Norte terroristas e criminosos e terroristas. O que, no dizer de alguns analistas, implicaria uma alteração radical na forma como o Canadá encara a Emigração.
Só que, para o primeiro-ministro Jean Chrétien, e para o seu Partido Liberal, uma emigração aberta (ou quase) tem sido um política de sucesso, sendo mesmo uma uma das razões para a votação maciça dos chamados étnicos no Partido Liberal na maior parte das grandes cidades.
De qualquer modo, a forma como o Canadá controla as suas fronteiras e a forma como as pessoas as atravessam parece poder vir a ser um "ponto de conflito" entre os dois países.
Assim, Jean Chrétien, concordando embora em rever a forma como se processa a passagem da fronteira com os Estados Unidos, como parte deluta contra o terrorismo, acentuou que isso não vai representar mudanças fundamentais na filosofia da emigração. "O Canadá é um país de emigrantes, é o que nóis somos", disse, para acrescentar: "Não vamos deixar que os terroristas nos forcem a sacrificar os nossos valores e as nossas tradições".