O Architizer A + Awards é um dos prémios de maior destaque a nível mundial, dedicados à promoção e celebração do que melhor se faz em arquitectura. A sua missão é divulgar e celebrar o lugar da arquitectura no mundo e promover o seu impacto positivo no quotidiano das pessoas.

Este prémio tem enorme exposição, e um alcance de mais de 400 milhões de pessoas.

Para além da importância enorme da votação do público, os vencedores são seleccionados por um painel de júris composto por mais de 400 personalidades, nas áreas da moda, do editorial, do design de produto, da imobiliária e da tecnologia.

Os finalistas e vencedores são reconhecidos como os mais influentes visionários - e o burburinho é enorme.

O Centro Hípico de Pedras Salgadas, projecto do atelier RA\\ Rebelo de Andrade, foi um dos pré-seleccionados pelo júri, na categoria Architecture+Wood e, até dia 20 de Julho, a votação está aberta ao público.

Antes das obras de recuperação, iniciadas em 2013, o Centro Hípico de Pedras Salgadas encontrava-se em profundo declínio. Os volumes novos dialogam agora com os existentes e com a natureza em redor. As boxes são revestidas com painéis de cortiça, que ao envelhecer, vão adquirir texturas e tons semelhantes às do arvoredo circundante. Mas o edifício mais emblemático deste conjunto é o do picadeiro. Todo revestido com troncos, parece ter sido adoptado e abraçado pela vegetação que o envolve. Os troncos e o tempo farão com que a flora acabe por tomá-lo por completo.

Os vencedores do Architizer A + Awards serão anunciados dia 30 de Julho.

O Centro Hípico tem uma história riquíssima, ligada à região de Trás-os-Montes e Alto Douro e à paixão das gentes da terra pelos cavalos e pelos desportos hípicos. É também a história de um dos melhores campos de saltos da Europa e da sua relação com o Parque de Pedras Salgadas no auge do turismo termal. E é também uma história de declínios. A decadência do Centro Hípico é gradual mas, a partir dos anos 90, acentua-se até parecer irreversível.

Em 2013 arrancam as obras de recuperação. Os tempos mudaram e, com eles, as necessidades dos utentes. Os espectadores deixaram de ser uma reduzidíssima classe privilegiada e a modernização da indústria de espectáculo trouxe a democratização no acesso às coisas. As novas regras internacionais para os concursos, obrigaram a uma profunda reformulação. A necessidade de rentabilizar o Centro Hípico obrigou a repensar o modelo de obtenção de receitas, assente na sazonalidade muito reduzida dos concursos de saltos. Construíram-se 32 boxes e um picadeiro.

Os edifícios novos tentam dialogar com os existentes e com a natureza em redor. As boxes, por exemplo, são revestidas com painéis de cortiça. Além de ser um material autóctone, a cortiça, ao envelhecer, vai adquirir texturas e tons semelhantes às do arvoredo circundante, diluindo-se organicamente na paisagem. Mas o exemplo mais emblemático desta arquitectura da invisibilidade é o do picadeiro. Todo revestido com troncos, parece ter sido adoptado e abraçado pela vegetação que o envolve. Os troncos e o tempo farão com que a flora acabe por tomá-lo por completo, tornando-o definitivamente seu.
Texto: Valério Romão

https://vote.architizer.com/PublicVoting#/2018/architecture/details-plus...


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