O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, considerou hoje preocupante o aumento de infetados com covid-19 e voltou a pedir mais informação sobre a realidade pandémica no concelho com mais de 800 casos ativos.

“Nos últimos dias, tem havido um crescente aumento dos números de infetados com covid-19, o que faz com que a situação seja particularmente preocupante”, disse à agência Lusa o autarca de Chaves, no distrito de Vila Real.

O autarca flaviense voltou a destacar a falta de “informação desagregada” sobre os casos de covid-19 no concelho que permita uma ação “mais proativa, preventiva e útil” por parte do município.

“Verdadeiramente, temos a informação do dia anterior, mas são números absolutos. É uma exigência que temos para com as autoridades de saúde para que possamos ter o número de infetados e em vigilância em cada uma das freguesias”, salientou.

“Não temos uma vocação de ‘big brother’, não queremos saber se é o tio João ou a dona Maria, não temos essa curiosidade. Mas queremos perceber a dimensão e relevância em cada uma das comunidades, perceber se é um surto que tem uma expressão diminuta ou se está a ser respondido de forma adequada”, acrescentou.

Segundo o boletim epidemiológico da Unidade de Saúde Pública do Alto Tâmega e Barroso de terça-feira, no concelho de Chaves registavam-se 802 casos na fase ativa da doença, 80 em isolamento e 10 óbitos, sendo a taxa de incidência dos últimos 14 dias de 2315,5 casos por cem mil habitantes.

Em 01 de novembro, o mesmo boletim indicava que o concelho de Chaves, com cerca de 41 mil habitantes, registava 73 casos em fase ativa da doença.

Para o autarca, além da preocupação pelo risco de saúde associado à pandemia, principalmente para a população mais vulnerável e que já tenha riscos de saúde associados, há ainda os efeitos sociais e económicos para a população.

“Está em causa o normal funcionamento dos comércios, das escolas, mas também de um setor importante no concelho, como o turismo, com efeitos na restauração e hotelaria”, apontou.

Nuno Vaz lembrou que “esta guerra deve ser combatida com uma resposta individual que depois resulte numa resposta coletiva”.

Na segunda-feira, num conjunto de 29 medidas anunciadas, a Câmara de Chaves revelou a criação de um protocolo entre a autarquia e a delegação de Chaves da Cruz Vermelha Portuguesa para a instalação de um posto de testes rápidos [antigénio] à covid-19, que irá funcionar no mercado municipal, sem adiantar ainda a data para o arranque e as condições para a sua utilização, alertando que não irá substituir o teste de diagnóstico PCR.

Entre as medidas apresentadas por Nuno Vaz para a saúde, estão também o fornecimento de material de proteção individual às corporações de bombeiros, forças de segurança e IPSS do concelho e a celebração de um contrato para unidades hoteleiras do concelho para a disponibilização de estruturas de retaguarda, em caso de emergência para a transferência de utentes ou trabalhadores de estruturas residenciais para idosos em caso de surtos de covid-19.

DYMC // ACG Lusa, Foto: CES



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