Lusa
O Desportivo de Chaves regressou às vitórias na I Liga portuguesa de futebol e saiu provisoriamente da zona de despromoção, ao vencer por 2-1 na receção ao Vizela, no jogo que abriu a 12.ª jornada.
Os vizelenses adiantaram-se no marcador, por Essende, aos 12 minutos, mas Héctor Hernández, aos 30, de grande penalidade, e Jô Batista, aos 48, operaram a reviravolta dos flavienses, que vinham de três derrotas seguidas no campeonato.
Com o triunfo, o Desportivo de Chaves subiu, à condição, ao 16.º lugar, com 10 pontos, precisamente em igualdade com o Vizela, que é 15.º, ambos com mais um ponto do que o Rio Ave, 17.º e penúltimo, e que no sábado recebe o Estrela da Amadora.
I Liga/ Desportivo de Chaves – Vizela (ficha)
O Desportivo de Chaves venceu hoje o Vizela, por 2-1, em jogo da 12.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Chaves.
Jogo no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves.
Desportivo de Chaves – Vizela, 2-1.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores:
0-1, Essende, 12 minutos.
1-1, Héctor Hernández, 30 minutos (grande penalidade).
2-1, Jô Batista, 48 minutos.
Equipas:
- Desportivo de Chaves: Rodrigo, Steven Vitória, Ygor Nogueira, Sandro Cruz, Carraça, João Pedro (Morim, 46), Kelechi (Guima, 90+4), Bruno Langa, Sanca (Benny, 75), Héctor Hernández (João Correia, 84) e Jô Batista (Paulo Víctor, 75).
(Suplentes: Hugo Souza, Bruno Rodrigues, Benny, Paulo Víctor, Rúben Ribeiro, Guima, Lameiras, Morim e João Correia).
Treinador: Moreno.
- Vizela: Buntic, Tomás, Anderson, Bruno Wilson, Rodrigo Escoval (Matheus Pereira, 63), Samu, Pedro Ortiz (Unzueta, 72), Matias Lacava (Dylan, 80), Diogo Nascimento, Nuno Moreira (Soro, 79) e Essende.
(Suplentes: Ruberto, Matheus Pereira, Mendez, Unzueta, Dylan, Lebedenko, Busnic, Rashid e Soro).
Treinador: Pablo Villar.
Árbitro: Luís Godinho (AF Évora).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Ygor Nogueira (08), Steven Vitória (15), Diogo Nascimento (21), João Pedro (37), Kelechi (45+3), Pedro Ortiz (67), Samu (87) e Paulo Víctor (89).
Assistência: 2.788 espetadores.
COMENTÁRIO:
Desportivo de Chaves quebra ‘jejum’ com reviravolta frente ao Vizela
CO Desportivo de Chaves venceu hoje o Vizela, por 2-1, em encontro da 12.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, com golos de Héctor e de Jô, e saiu provisoriamente da zona de despromoção.
O confronto começou a ‘meio-gás’, mas com os visitados a revelar vontade de desfazer o ‘nulo’ no marcador, registando mais oportunidades, embora tenham sofrido primeiro, com um golo de Essende, aos 12 minutos, conseguindo, depois, empatar a partida, aos 30, de grande penalidade, pelo avançado espanhol.
Depois do golo de Héctor Hernández, o Desportivo de Chaves abrandou o ritmo e os vizelenses acabaram por ‘virar’ a partida, terminando a primeira parte por cima do jogo.
Jô Batista foi o grande protagonista da etapa complementar ao conseguir colocar os transmontanos em vantagem, aos 48, com uma reviravolta no marcador que lhes permitiu voltar a conhecer o sabor das vitórias, dois meses depois.
A primeira oportunidade de golo surgiu aos 11 minutos: depois de o Desportivo de Chaves ter conseguido subir no relvado pela ala esquerda, Langa combinou com Sanca, que acabou por cruzar para Jô Batista, já na área adversária, que rematou à baliza vizelense, valendo o guardião croata para negar o golo ‘cantado’ aos transmontanos.
Sem marcar, os visitados arriscaram-se a sofrer e o ditado cumpriu-se logo a seguir: numa jogada de contra-ataque, Diogo Nascimento recebeu a bola no meio-campo, encontrou Lacava à esquerda que acabou por oferecer o golo a Essende.
Pouco depois, Jô voltou a estar em destaque ao responder a um cruzamento de Sandro Cruz, com um cabeceamento bem direcionado à baliza vizelense, mas a bola passou por cima da baliza visitante. Também Kelechi e Sanca tentaram a sorte, na sequência de livres, mas Buntic não facilitou.
Por sua vez, o ponta de lança brasileiro voltou a destacar-se no jogo, à procura do empate, com um remate de fora da área, aos 23, que rasou o poste da baliza do Vizela.
Já em cima da meia hora de jogo, o Desportivo de Chaves viu uma grande penalidade assinalada a seu favor após análise das imagens do videoárbitro (VAR) por infração de Nuno Moreira na área vizelense. Héctor Hernández foi o eleito para a cobrança e não falhou o objetivo, empatando a partida (1-1).
Lacava esteve perto de repor a vantagem do Vizela, aos 40, com um remate em arco de fora de área apontado ao ângulo da baliza de Rodrigo, que se viu obrigado a uma segunda defesa, após a bola sobrar para Essende, na recarga, mas o guardião transmontano conseguiu ‘roubar’ e agarrar o esférico.
Já na etapa complementar, o Desportivo de Chaves voltou a entrar melhor em campo e Jô Batista viu o esforço dar frutos, conseguindo uma ‘cambalhota’ determinante no marcador.
Depois de Sanca o ter assistido e lançado na área, o brasileiro conseguiu colocar os visitados em vantagem, aos 48, ao desviar a bola para o fundo das redes vizelenses.
Por sua vez, os visitantes foram acusando cansaço e nervosismo, além de dificuldade em conseguir criar lances de perigo para chegar ao empate, o que contrastou com uma organização defensiva eficaz que impediu o Desportivo de Chaves de encontrar espaço para aumentar a vantagem no marcador, apesar de uma constante e rápida progressão ofensiva dos transmontanos, até ao ‘cair do pano’.
Com esta vitória, o Desportivo de Chaves abandonou, provisoriamente, a zona de despromoção, somando agora 10 pontos, os mesmos do Vizela, que desceu ao 15.º posto, em igualdade pontual, também, com o Estoril Praia e com o Casa Pia.
I Liga/ Desportivo de Chaves – Vizela (declarações)
Declarações após o jogo Desportivo de Chaves-Vizela (2-1), da 12.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje, no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves:
- Moreno (treinador do Desportivo de Chaves): “Não há jogos fáceis no nosso campeonato e tornou-se ainda mais difícil começar o jogo em desvantagem, porque o nosso momento não era bom. Vínhamos de três derrotas consecutivas e uma paragem de três semanas.
Tivemos uma entrada em jogo positiva, até ao golo do Vizela e a primeira vez que o Vizela vai à nossa baliza, faz golo. Tudo isso podia tornar a equipa ainda mais intranquila e não foi isso que aconteceu. A equipa respondeu, teve uma boa reação ao golo sofrido, criámos oportunidades, fizemos o golo do empate.
Nos últimos 10 minutos da primeira parte, o Vizela esteve melhor do que nós e identificámos o problema: jogo muito direto no ponta-de-lança do Vizela, os nossos médios a não baixar para a segunda bola e estávamos a criar problemas por isso.
Ajustámos ao intervalo, corrigimos a equipa, e, depois, a forma como entramos na segunda parte, com um golo de qualidade, uma jogada muito bem elaborada da nossa parte, trabalhada por nós durante a semana, colocámo-nos em vantagem.
Como digo, não há jogos fáceis no nosso campeonato, mas gostei da nossa equipa, da vitória, dos três pontos importantes, mas gostei porque senti uma equipa competitiva. Teremos de ser sempre competitivos, com maior ou menor qualidade, mas temos de ser sempre competitivos neste campeonato. Foi o que senti, uma equipa, ao longo dos 97 minutos, muito ligada e isso agrada-me.
[Regresso às vitórias] Estou satisfeito, três pontos conseguidos, mas só temos 10, ainda. Temos uma caminhada muito difícil. Nunca vão ver um treinador completamente abatido nas derrotas, nem 'super' eufórico nas vitórias. Desde o primeiro dia, mesmo na altura das duas vitórias consecutivas, disse sempre que esta época ia ser muito difícil, vai ser difícil.
Portanto, foram três pontos importantes, juntámo-nos a um lote de equipas [na tabela classificativa] e, agora, é descansar hoje e amanhã treinar, para verem o rigor que aqui existe. E, depois, preparar a semana para tentar ganhar pontos no Estoril”.
- Pablo Villar (treinador do Vizela): “Ao intervalo, estava 1-1, com um penálti contra [o Vizela]. Noutra situação, com um penálti muito maior, que não é apitado, tiraram-nos a possibilidade de chegar ao intervalo a ganhar por 2-1.
A segunda parte foi totalmente diferente, na nossa opinião, sentimo-nos muito prejudicados por esses lances. Não digo se a falta do Desportivo de Chaves é penálti ou não, mas, se é penálti, o nosso é muito mais. Essa ação prejudicou-nos.
[Expulsão após o jogo] No final do jogo, no túnel para os balneários, recebemos um cartão vermelho para o Bruno Wilson numa situação em que estava a falar à entrada do nosso balneário. Conclusão, saímos daqui sem pontos e totalmente prejudicados”.
