ASSOCIAÇÃO DOS REFORMADOS E
DOS EX-MILITARES/EX-COMBATENTES PORTUGUESES DE FRANÇA
109, Boulevard Henri Barbusse -78800 HOUILLES / FRANÇA
Tel: 01 39 15 47 43 / FAX: 01 39 15 90 29 / E-mail: [email protected]
23 de Setembro de 2003

COMUNICADO DE IMPRENSA

No auge das comemorações do 10 de Junho, os jornais deram destaque às afirmações dos membros do Governo em “tournée” na emigração, que declararam à boca cheia que o “ problema “ dos ex-militares estava em vias de ser eminentemente resolvido.

O Secretario de Estado aos Antigos Combatentes, Henrique de Freitas, ainda foi mais categórico, afirmando que até ao fim do mes de Julho de 2003, um diploma viria enfim regulamentar a lei 9/2002.

Passado mais de um mês e meio, a realidade é:
 Que os ex-militares e ex-combatentes na emigração, continuam a não ter o seu Tempo de Serviço Militar reconhecido para efeitos de reforma.
 Que o grupo de trabalho para um maior abrangimento da lei 9/2002, nunca deu noticias.
 Que os Ministros e os Deputados da Emigração, sobretudo os eleitos na lista do PSD destacam-se pela ausência total de declarações.

Que saibam os Senhores Ministros e Deputados, que a nossa luta não conhece trevas estivais, e que brevemente organizaremos uma reunião publica com os nossos sócios e ex-militares e ex-combatentes em geral, para dar um novo impulso à nossa acção reivindicativa.

A nossa acção judicial contra o Estado Português continua no bom caminho, e cerca de uma centena de ex-militares já responderam presente. Continuamos a apelar todos os ex-militares e os ex-combatentes que residam fora de Portugal, a participar nesta acção.

O nosso apelo ao boicote de envio de remessas de dinheiro para Portugal já deu frutos, pois houve uma baixa de 8% no primeiro semestre deste ano, sobretudo da França. Continuemos esta forma de acção até que o Governo cumpra com as suas promessas.

Brevemente o projecto do Orçamento Geral do Estado será discutido na Assembleia da República. Se este projecto de orçamento não indicar explicitamente as verbas necessárias aos encargos inerentes à lei 9/2002 e ao reconhecimento do Tempo de Serviço Militar a todos aqueles que não descontaram para a Segurança Social Portuguesa, quererá dizer que o Governo continua a dar o dito por não dito, a fazer falsas promessas e a manter a situação intolerável em que se encontram os ex-militares/ex-combatentes portugueses na emigração.

A nossa Associação apela aos quatro deputados eleitos pela emigração, nossos representantes no seio da Assembleia da República, para agirem, intervirem e exigirem que justiça seja feita e que rapidamente esta situação seja resolvida.



PARTILHAR:

Na época das vindimas

Indignação no Douro