Correu mal, este ano, o concurso de pesca da Associação Cultural e Recreativa e Desportiva «Os Tourencius dos Xudreiros . Segundo apurámos, cerca de cem quilos de trutas, oriundas de um viveiro da região, e deitadas ao rio Corgo para o concurso, apareceram mortas, no dia seguinte, junto a Tourencinho.

Essa situação, ao que se julga, ficou a dever-se à fraca oxigenação da água do troço do Corgo, situado no concelho de Vila Pouca de Aguiar, e à temperatura da água. A truta é um salmonídeo que vive em águas frias.

\\"O rio Corgo morreu\\", desabafaram alguns dos habitantes, quando constataram a mortandade. O peixe acabou por ser retirado da água.

Confrontado com essa realidade, o presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias, salientou que \\"o rio Corgo padece de muita poluição, desde há vários anos\\".

Um facto é que à sua bacia, situada no vale de Aguiar, vão desaguar várias fontes inquinadoras orgânicas, químicas e residuais. E é \\"uma herança pesada ambiental que urge debelar\\", reconhece Domingos Dias.

Para o efeito, diz o autarca, vão ser construídos uma estação de tratamento de águas residuais e um emissário. As obras, apoiadas pelas Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, foram já consignadas e deverão começar para a semana.

Por outro lado, 11 aldeias situadas no vale de Aguiar vão receber saneamento. O objectivo, de curto prazo, afirma o autarca, é \\"despoluir totalmente o rio Corgo no troço do concelho de Vila Pouca de Aguiar\\".



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