Apesar dos cerca de quatro quilómetros que a separam da sede de concelho, Grijó é uma das aldeias incluídas no aprovado projecto de elevação de Macedo a cidade. Até à inauguração do troço de 10 quilómetros de IP2, no Verão do ano passado, a localidade foi uma das portas de entrada da cidade, já que anteriormente constituía passagem obrigatória para quem procedesse do sul do distrito de Bragança.

A primeira fase do projecto de reabilitação urbana de Grijó já vem a ser falada desde Setembro de 1999. No entanto, apesar da obra ter figurado nos Plano de Actividades da Câmara Municipal de 2001, só em meados de 2002 é que foi entregue ao empreiteiro. E, mesmo assim, só foi começada este ano. O presidente da Junta de Freguesia, António Salselas, diz que aquela obra tem sido um dos principais \"cavalos de batalha\" da sua acção como autarca, e que a sua recandidatura à Junta em 2001 se deveu ao facto de não a ter conseguido levar a cabo antes.

Neste momento, o empreiteiro está a abrir as valas na rua principal (EN 102) e largos adjacentes para fazer a instalação subterrânea das redes de água, telefones e electricidade. Posteriormente, enquanto aqueles locais irão ser pavimentados com novos paralelos de tamanho normal, os passeios deverão levar guias novas de granito e paralelos 5/5, do mesmo material, nalguns sítios, e pavimento mecans, noutros. Por sua vez, os passeios irão ser acrescentados com mais metro e meio de largura até ao cemitério, estando já garantida a cedência do respectivo espaço pelo proprietário do terreno. A Junta comprometeu-se a refazer os muros, que para o efeito terão de ser deitados abaixo. António Salselas espera que a obra esteja pronta no primeiro domingo de Setembro, \"como o empreiteiro prometeu\", porque os locais de intervenção são precisamente os sítios tradicionalmente utilizados para a animação dos festejos que ocorrem na aldeia naquela data.

Enquanto decorrerem os trabalhos de repavimentação da rua principal (EN 102), o trânsito será desviado para a rua do Prado, que entretanto deverá ser pavimentada com parte dos paralelos, \"com mais de 40 anos\", retirados daquela via. \"Por via das dúvidas\", o autarca garante que não deixará sair da aldeia a outra parte dos paralelos que sobrar, porque, após aquela intervenção, \"a povoação ainda fica com 15 ruas, algumas delas bem antigas, por pavimentar\".

ETAR colectiva até ao fim do ano

Depois desta obra, que o Plano de Actividades dotou com 727 mil e 248 euros, o autarca diz que o próximo projecto da freguesia a ser concretizado será o da construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). Primeiramente estava prevista uma estrutura daquele tipo para cada uma das aldeias, mas a actual gestão da Câmara entendeu, e na sua perspectiva \"bem\", fazer uma única para o conjunto das aldeias de Bornes, Vale Benfeito, Grijó, Vilar do Monte, Castelãos e Carrapatas. António Salselas espera que a mesma esteja pronta até ao final do ano.

Quanto ao parque eólico da serra de Bornes, o autarca diz que a Câmara lhe garantiu que o mesmo não seria instalado nos limites da freguesia. No entanto, vai estar \"atento\" à escolha da sua localização, pois caso ele venha a ocupar parte do termo de Grijó \"reivindicará a parte a que a freguesia tem direito\". Entretanto, foi-lhe dito que a localização das torres será em Bornes.

Por \"falta de apoio\" da Câmara
Escola de música e centro hípico estão encerrados

O presidente da Junta de Freguesia de Grijó, António Salselas, lamenta que a escola de música da freguesia tenha fechado por \"falta de apoio\" da Câmara Municipal. Segundo o autarca, o ensino da música que vigorou na aldeia durante alguns anos permitiu que cerca de 20 jovens tivessem aprendido a tocar cavaquinho e outros instrumentos de corda. \"Em pouco tempo deitou-se por terra o trabalho de vários anos\", desabafou.

António Salselas queria também que o Centro Hípico fosse posto a funcionar. Na sua perspectiva, \"o que está feito não tem utilidade e está a degradar-se\". O presidente da Junta diz que, perante este cenário, \"a Câmara primeiro disse que iria pensar nisso, mas agora já diz que para fazer as obras seriam necessários 100 mil contos e não os tem\".



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