São cada vez mais os portugueses que começam a equacionar a emigração para obterem uma vida melhor. O elevado desemprego e a deterioração das condições laborais em Portugal está a empurrar muitas pessoas, especialmente jovens, lá para fora. Mas onde estão as melhores oportunidades de trabalho?
Sobretudo nos países onde a economia está a crescer a bom ritmo. Na maioria dos casos, economias emergentes, como o Brasil, Angola ou Moçambique. Mas mesmo na Europa, apesar da crise, há países onde a mão-de-obra qualificada escasseia e onde os trabalhadores estrangeiros são bem-vindos.
São sobretudo os países do Norte da Europa, onde as universidades não conseguem formar as pessoas a um ritmo suficientemente rápido para responder às oportunidades criadas pelo crescimento da economia. O Instituto de Emprego e Formação Profissional identifica vários, incluindo o Reino Unido, França, Suécia, Finlândia, Noruega, Suíça, Bélgica, Holanda, e Alemanha.
Áreas como as Tecnologias de Informação, Enfermagem; Psicologia Clínica; Construção Civil e Obras Públicas; Animação Turística e Hotelaria e Arquitectura e Engenharia são aquelas onde existem mais oportunidades.
Na vizinha Espanha, embora continuem a existir oportunidades, tem-se registado uma retracção do mercado nos últimos tempos.
Mas peguemos precisamente no caso da Alemanha. A maior economia da Europa também tem necessidade de mão-de-obra qualificada e encontra nos países do Sul, onde a crise está a causar elevado desemprego, uma boa reserva de trabalhadores. Ainda esta semana surgiu a notícia de uma cidade alemã que todos os meses tem cerca de 3 mil vagas para preencher e que está aberta a emigrantes dos países economicamente mais fracos, que queiram concorrer.
Quem não tem problemas em abandonar, além do país, o continente, há também muitas oportunidades fora da Europa. Por exemplo, ainda hoje o «Diário Económico» noticia que o Brasil precisa de 8 milhões de profissionais qualificados, por causa do forte crescimento da economia. Comércio, distribuição, construção e call centers são as áreas que precisam de mais pessoal.
O país precisa ainda de 100 mil engenheiros, por causa das obras de preparação do Mundial de Futebol em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016.
Angola e Moçambique também apresentam muitas oportunidades nesta área, da arquitectura e engenharia. No entanto, há entraves: burocracia, dificuldade em obter vistos e, no caso do Brasil, reconhecimento de diplomas académicos pelas universidades brasileiras, que é obrigatório em todas as profissões e que pode demorar até dois anos.
Para além dos países de língua portuguesa, há outros com elevado crescimento, que também recebem mão-de-obra estrangeira, como por exemplo, alguns da região Árabe.