O Teatro de Vila Real termina 2021 com espetáculos de artistas como Gilberto Gil, que ali inicia a parte portuguesa da sua digressão europeia, ou a ópera “Mátria”, produzida na região do Douro, foi hoje anunciado.
A programação do teatro municipal para o último trimestre do ano dá, segundo comunicado, destaque à música de diversos géneros.
O cantor Gilberto Gil inicia no dia 29 de outubro, em Vila Real, a parte portuguesa da sua digressão europeia e conta, neste concerto, com a participação de Adriana Calcanhoto.
Segundo a casa de espetáculos transmontana, o músico brasileiro “teve um papel fundamental na modernização constante da música popular brasileira, com uma carreira de mais de 50 anos, 70 álbuns editados e nove prémios Grammy”.
O teatro destacou também as duas estreias para este período, “ambas de iniciativa regional, mas com alcance universal”.
São elas a “A Viola Amarantina”, um projeto de originais para aquele instrumento do vila-realense Rui Fernandes que quer mostrar que, “apesar do nome, esta é uma viola do mundo”, e “Mátria”, uma ópera produzida na região do Douro com libreto de Eduarda Freitas, escrito a partir de Miguel Torga, e música do compositor Fernando Lapa.
A estreia de “Mátria” a 17 de dezembro está integrada no programa comemorativo dos 20 anos do Douro Património Mundial, organizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).
“Mátria – Aqui na Terra” é uma criação original e conta com a participação da comunidade através da criação de um coro e de uma orquestra formada por elementos da Banda Sinfónica Transmontana e da Douro Strings Academy.
Pelos dois auditórios do teatro vão também passar António Zambujo, Cuca Roseta, Janeiro (com Carolina Deslandes), Elisa Rodrigues, o pianista Luís Figueiredo, a orquestra de tango argentino La Ideal e um ensemble da Banda Sinfónica Transmontana.
Paralelamente, o trimestre acolhe nove produções teatrais, para vários públicos, como “Sou Eu”, da companhia ESTE – Estação Teatral, “Estranhões e Bizarocos”, do Teatro do Bolhão, “Toca”, do Umcolectivo, e “Rojo”, da espanhola Mireia Miracle, além de novas criações ou recriações das três companhias residentes em Vila Real: Peripécia, Urze e Filandorra.
A casa de espetáculos apontou ainda para um novo projeto “Entre Pedras e Pedros”, também originário de Vila Real, com as atrizes Joana Ferrajão e Mara Correia, encenadas por Ángel Frágua, e para “Nem o Tempo Nem a Distância”, o culminar de um projeto promovido pela blablaLab intergalactic – Associação Cultural e a Fundação da Casa de Mateus, com coprodução do teatro municipal.
Na área do cinema serão exibidas três longas-metragens e ainda “O Operário Amador”, um documentário produzido pela companhia Peripécia “sobre certa origem do teatro: um grupo de operários têxteis que decide, nos anos 70, formar uma companhia de teatro”.