A Câmara de Mirandela tem para este ano mais sete milhões de euros do que em 2021, resultado da transferência de novas competências para a autarquia e de programas para investimento em várias áreas.

As grandes opções do plano e orçamento do segundo maior município do distrito de Bragança foram aprovadas nos órgãos municipais com os votos da maioria socialista e estão focadas na aplicação de fundos comunitários e na execução de obras que transitam de 2021 devido a constrangimentos da pandemia e falta de empreiteiros, segundo a presidente, Júlia Rodrigues.

O orçamento subiu de 39,5 milhões de euros, em 2021, para 46,6 milhões de euros, em 2022, um aumento justificado com projetos da Estratégia Local de Habitação, do Plano de Recuperação e Resiliência ou do Roteiro para o Desenvolvimento Sustentável e Integrado das Terras de Miranda, Sabor e Tua.

Segundo a presidente da câmara, resulta também das novas competências que o município irá assumir na área da ação social, este ano, no âmbito do processo de descentralização entre a Administração Central e as Autarquias.

O maior partido da oposição na Assembleia Municipal, o PSD, optou pela abstenção, com críticas de “falta de ideias” à gestão socialista e de continuar, no segundo mandato, a executar obras pensadas pelo antigo executivo social-democrata.

O município de Mirandela continuará este ano, à semelhança do que aconteceu em 2021, a cobrar a taxa mínima de 0,3% de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

Para este ano não haverá também alterações em relação aos 5% a que a autarquia tem direito do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) cobrado no concelho.

Mirandela vai continuar a devolver 3% do valor e a 2%.

Fotografia: Diário de Trás-os-Montes



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