Brasão e lema de D. Delfim Gomes evocam o Nordeste Transmontano e inspiração de São Francisco de Assis.

D. Delfim Gomes, nomeado como bispo auxiliar de Braga pelo Papa Francisco, escolheu como lema episcopal ‘In dando quod accipis’ (é dando que se recebe), evocando no seu brasão o Nordeste Transmontano, sua terra natal.

O lema cita a ‘Oração da Paz’, de São Francisco de Assis, como explica o responsável à Agência ECCLESIA.

“São Francisco marcou-me profundamente, desde jovem”, assinalou o responsável católico, assumindo o fascínio pelo religioso italiano.

“Foi também um pouco o que procurei fazer, às vezes com alguma dificuldade, mas procurei fazê-lo na minha vida: dar-me. Dar-me às comunidades, aos serviços diocesanos que pediam colaboração, nos quais assumi responsabilidades”, acrescentou.

A 7 de outubro, o Papa nomeou D. Delfim Esteves Gomes, de 60 anos, até agora sacerdote da Diocese de Bragança-Miranda, como bispo auxiliar de Braga.

Em comunicado conjunto, as duas dioceses divulgada hoje o lema e o brasão episcopais do novo bispo, nomeado com o título simbólico de Dume, nos quais o responsável evoca “a região do país que o viu nascer e crescer ao serviço da Igreja e dos mais frágeis”.

Sobre fundo cor de azeite, o óleo da unção, linhas curvas jorrando de nascente, o Nordeste Transmontano, sugerem água correndo e lembram a paisagem montanhosa; evocam o azeite que as terras destes lugares produzem em quantidade e qualidade. Perene evocação da paz, o ramo de oliveira, folhas e fruto, ratifica a regra do caminho para alcançar esse dom que o lema episcopal, colhido em São Francisco de Assis, enuncia: «In Dando Quod Accipis»”.

nota, enviada à Agência ECCLESIA, detalha as várias insígnias episcopais, próprias dos bispos: um anel, uma cruz peitoral e um báculo pastoral.

“O novo bispo irá usar, diariamente, um anel de prata, na textura telúrica e rural da terra transmontana. Nele se inscreve, como gravada no chão, a cruz, o grande sinal da encarnação, acontecimento na história que gera e finaliza a missão do bispo, pastor em nome de Deus deste mistério imenso que redime a terreal condição humana”, pode ler-se.

A cruz peitoral, em pau santo, tem gravadas as linhas da paisagem transmontana, linhas de água batismal, fios do azeite da unção episcopal.

“O báculo ou cajado do pastor, símbolo do múnus pastoral, usado pelo bispo nas celebrações litúrgicas a que preside, igualmente em pau santo, atravessa uma aliança de prata que gera uma azeitona em que se inscreve”, acrescenta a nota.

A ordenação episcopal de D. Delfim Jorge Esteves Gomes está marcada para 4 de dezembro, II Domingo do Advento, às 15h00, na Catedral de Bragança.

O novo bispo auxiliar de Braga é apresentado à arquidiocese minhota, no dia seguinte, 5 de dezembro, Festa de São Geraldo, às 17h30, na Sé.

D. Delfim Esteves Gomes nasceu a 1 de janeiro de 1962, em Bragança, Paróquia de Santa Maria, tendo sido ordenado sacerdote na mesma cidade, a 3 de setembro de 1989.

De 1990 a 1992 trabalhou no Seminário de Bragança, como prefeito e depois como vice-reitor; a 20 de setembro de 1992 foi nomeado pároco de Vila Flor e, a 21 março de 1995, responsável pelo Arciprestado de Vila Flor, cargo que desempenhou até 2012.

De 1995 a 31 de dezembro de 2000 foi chefe de equipa do Projeto de Luta contra a Pobreza; exerceu funções de Coordenador Distrital do Projeto Vida, de 24 de abril de 1996 a 18 de agosto de 2000.

De 19 de agosto de 2000 a 30 abril de 2002, D. Delfim Esteves Gomes exerceu funções de coordenador distrital do Instituto Português da Droga e Toxicodependência.

Na Diocese de Bragança-Miranda, foi vigário episcopal para o Clero de 18 de novembro 2011 até 2021, reencontrando em Braga D. José Cordeiro, arcebispo primaz, com quem colaborou na diocese transmontana.

Agência ECCLESIA

 

 



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